Foto: reprodução/ redes sociais

A prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), só tem aparecido na sua rede social preferida, o Twitter, onde se tornou uma espécie de porta-voz dos números do coronavírus em Roraima. Dizem que ela se encastelou no conforto do seu sítio cercado de pés de mogno, em um latifúndio urbano no bairro Cidade Satélite.

Do seu refúgio em quarentena é de onde partem as ordens. Teresa não anda na cidade, não visita as unidades de saúde, não age em nada presencialmente para mostrar que está junto com o povo nesse momento crítico. Isso pelo menos o governador Antonio Denarium tem feito, ao menos para compensar seus erros.

Mas a prefeita não. Como ela não tem religião, apega-se no exoterismo e só faz o que seu mapa astral diz ou o que seus magos recomendam.  E parece que o alinhamento dos planetas a ordenam que fique longe do povo, de quem Teresa tinha sérias restrições quando chegou a Roraima, como esposa de político, no final da década de 1980, e andava com sua garrafa de álcool para lavar as mãos depois de cumprimentar os pobres.

Agora, quando o álcool é recomendação obrigatória para a higienização pessoal para se evitar o coronavírus, a prefeita se enclausura no bem-bom do distanciamento das pessoas. Temos uma prefeita virtual, que não se apresenta aos cidadãos, que não faz questão de se reunir com as demais autoridades para discutir soluções (nem por meio de videoconferência) nem conversa com o governador.

Como o povo da periferia não tem Twitter, ela fica governando para uma elite ver e para seus seletos seguidores aplaudirem. Não foi à toa que Teresa viu sua popularidade cair, conforme as últimas pesquisas.  Porque a população vê-se largada por uma prefeita que desapareceu quando precisa da presença dela. Afinal, não é ela que diz amar Boa Vista de coração?

O coronavírus serviu para mostrar a máscara das pessoas, não a máscara de proteção contra o vírus, mas a máscara que esconde as verdadeiras intenções e atitudes das pessoas.  Já teve artista dizendo que não tem obrigação de ajudar ninguém. Surgiram pessoas que se mostraram insensíveis e irresponsáveis. E temos agora políticos que desaparecerem.

Afinal, por  onde andará  Teresa, quando não está gravando vídeo para a internet?

*Colunista

 

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