Sede da Superintendência da Polícia Federal em Roraima. Foto: Divulgação/PF

O Ministério Público de Roraima (MPRR) emitiu nessa quinta-feira (12) parecer contrário ao pedido da defesa de Luciana Silva Carvalho, de 20 anos, para que sua prisão fosse convertida de preventiva para domiciliar em razão de ela estar grávida de quatro meses. A jovem foi presa em 7 de fevereiro deste ano pela Polícia Federal durante a Operação Lâmpades e é apontada como uma das lideranças femininas do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado.

O promotor de Justiça Carlos Alberto Melotto, ao se manifestar pelo indeferimento do pedido, argumenta que Luciana deve ser mantida em prisão preventiva porque “as condutas atribuídas a ela se revestem de extrema gravidade”.

Ainda de acordo com Melotto, embora seja possível a concessão de regime domiciliar a gestantes presas preventivamente, “os fatos concretos” referentes à jovem não permitem tal conversão. Ele destaca ainda que Luciana foi presa após intensa investigação da Polícia Federal, que desbaratou organização criminosa acusada de cometer crimes graves.

Segundo o Ministério Público, ela é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), tendo atuado na liderança de presas no Amazonas e, em seguida, em Roraima. A facção é responsável por crimes graves, como homicídios, tráficos de drogas e roubos com violência “que têm tirado a paz e a tranquilidade da sociedade local”.

“Não há nos autos nenhum comprovante atestando que Luciana, com apenas quatro meses de gestação, não possa suportar o cárcere”, conclui o promotor ao se manifestar pelo indeferimento do pedido.

Presas em São Paulo

No dia 20 de fevereiro, a Polícia Federal prendeu em São Paulo as foragidas Mayara Mikele da Silva, apelidada de “Imperatriz”, e Sthefany Stron, chamada de “Daniele”, ambas de 27 anos, acusadas de “exercerem uma forte ascendência sobre as demais faccionadas” baseadas em Roraima.

Diálogos interceptados comprovaram, de acordo com a PF, que Mayara compartilhava com Sthefany o comando da ala feminina da facção em Roraima e Região Norte do país, o que foi corroborado por diversas investigadas no Estado que informaram saber da atuação dela, identificando, inclusive, seu apelido (Imperatriz) e sua “responsabilidade” dentro da organização criminosa. Algumas a identificaram ainda como “madrinha”.

Os mandados de prisão preventiva de Mayara Mikele da Silva e Sthefany Stron foram expedidos pela Vara de Entorpecentes de Organizações Criminosas de Boa Vista. Elas também estavam sendo procuradas por condenações em Mato Grosso do Sul, de onde fugiram, havia cerca de um ano, para São Paulo.

No imóvel onde as duas estavam, foram encontrados porções de cocaína e de maconha, diversos celulares e quase R$ 13 mil.

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