Depois que esta coluna tratou da seria questão da falta de água no bairro 13 de Setembro, no início do mês, o problema passou a ser relatado por moradores de outros  bairros da Capital. Moradores de  várias regiões vivem o mesmo drama de há meses não poderem mais sequer tomar banho de chuveiro.

Nas redes sociais, os internautas passaram a relatar seus dramas diários devido à falha no sistema de distribuição de água potável pela Companhia de Água e Esgoto de Roraima (Caerr).  São centena de famílias que passaram a coletar água em baldes e panelas durante a madrugada para poder beber, banhar-se e para os afazeres domésticos.

No bairro Airton Rocha, moradores do Conjunto Pérola 6 narram que há meses a água não sobe mais para os chuveiros e citam que passam por mais de 24 horas sem qualquer abastecimento. O mesmo foi relatado por quem mora no bairro Raiar do Sol, onde falta água diariamente e penaliza quem não tem caixa d’água em casa.

Moradores do bairro Centenário afirmam que são obrigados a acordar por volta das 4h da madrugada para coletar água, pois é nesse horário que chega às torneiras. A partir das 6h não tem mais água. É o mesmo drama de quem mora no 13 de Setembro, onde há seis meses a água sequer tem pressão para chegar às  caixas.

Há relatos do mesmo problema no Cinturão Verde, onde o desabastecimento é diário e vem se agravando há meses. É assim também em vários outros bairros, onde falta água ou a pressão é tão fraca que só é possível armazenar água a partir da meia-noite.  Ou seja, é uma situação de calamidade que as autoridades fiscalizadoras fazem vistas grossas.

O Ministério Público já deveria ter aberto uma investigação para saber o que está acontecendo com o sistema de capitação e distribuição de água da Caerr, que também oculta o grave problema da opinião pública.  O Governo do Estado  se esquiva da realidade, já que não consegue sequer cuidar de outros serviços essenciais, como saúde e educação.

Não é possível que todos finjam que não estamos diante de uma grave questão, a nível de calamidade pública, pois são milhares de famílias privadas de um serviço essencial.  Alguém precisa explicar o que está acontecendo com os recursos e os serviços prestados pela estatal de abastecimento de água. A população não pode mais ficar sendo penalizada pelos desmandos e/ou incompetência governamental.  Basta.

*Colunista

 

 

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