Quantas vidas serão necessárias para que a Prefeitura de Boa Vista tome providências para inibir as altas velocidades praticadas na Avenida Getúlio Vargas, no trecho leste? Várias vidas foram ceifadas em graves acidentes naquele percurso que vai do bairro Canarinho ao bairro  Caçari, sem que as autoridades tenham se preocupado.

Um dos acidentes tirou a vida de um  ciclista lavador de carros, em 2015, que motivou um protesto da família que chegou a acorrentar uma bicicleta pintada de branco simbolizando um pedido de paz no trânsito (veja foto acima). Mas a bicicleta foi arrancada do poste e nunca mais se ouviu falar de medidas para coibir a violência no trânsito.

A morte de um garoto naquele trecho, no fim de semana, motivada novamente por alta velocidade e embriaguez, reacende a discussão e a indignação a fim de cobrar punição exemplar e medidas rápidas para coibir a alta velocidade. A cidade está cheia de radares e redutores de velocidade, mas nenhum naquele trecho onde constantemente os irresponsáveis fazem rachas e matam pessoas.

A Prefeitura só tem tomado providências no trânsito quando a situação chega ao insustentável, mostrando a lentidão em suas ações, principalmente quando se trata de engenharia de tráfego.

As campanhas educativas há tempos cessaram, realizadas no ano passado somente quando surgiu a acusação de que havia sido instalada uma “indústria da multa”. Mas nenhum “pardal” ou outro tipo de inibidor de velocidade foi instalado no “trecho da morte” na Avenida Getúlio Vargas.

O que o contribuinte boa-vistense cobra da Prefeitura é que  tome não somente medidas urgentes para evitar outras tragédias naquela avenida, como também saia de seu berço esplêndido  do comodismo no trânsito.

A cidade tem o tamanho de um bairro de qualquer grande Capital brasileira, então é inadmissível tanta lerdeza nas ações e erros na condução da engenharia de tráfego. Reformar praças, instalar estátuas de animais e plantar flores dá uma aparência de cidade bonita. Mas é preciso atacar os graves problemas de mobilidade urbana e no trânsito.  Vidas estão sendo tiradas violentamente e não se pode admitir isso perante a omissão das autoridades municipais.

*Colunista

 

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