Foto: Prefeitura de Boa Vista.

Uma estudante de 23 anos, que preferiu não se identificar, acusa um enfermeiro de ter abusado sexualmente dela durante um exame preventivo, na unidade básica de saúde Olenka Macellaro Thomé Vieira, no bairro Caimbé. 

Um ano depois do crime, só agora a jovem se sentiu à vontade para falar do caso, após outra jovem fazer uma reclamação na redes sociais, nessa última quarta-feira (14), dizendo que o mesmo enfermeiro a teria humilhado durante uma consulta na unidade.

Após ver a publicação, a estudante entrou em contato com a jovem e relatou ter sido vítima de abuso. Ao Roraima 1, ela disse que o fato ocorreu em abril do ano passado, durante um exame preventivo no posto de saúde.

Na época, ela disse que ao entrar no consultório, notou que ele a olhava de um jeito estranho e pediu para que ela tirasse toda a roupa. Ela atendeu ao pedido, mas  pouco depois se cobriu com um jaqueta, após se sentir desconfortável com a situação. 

“Deitei na maca e ele começou o preventivo, introduzindo os dedos nas minhas partes íntimas, a partir daí eu congelei, então ele colocou um gel e começou a me masturbar. Minha única reação foi pedir para ele parar, ele disse que ainda não, e eu aumentei a voz e ele parou” afirma a estudante.

Após o ocorrido, a jovem contou que estava tremendo e muito nervosa, e esperou que ele receitasse o medicamento para que ela pudesse sair da sala. Em seguida, ela procurou a direção da unidade de saúde e relatou o caso, mas até então nenhuma medida foi tomada.

O caso também foi denunciado na Delegacia da Mulher, e estudante já foi convocada para duas audiências, mas que ainda não foram realizadas devido a ausência de delegados nas duas situações. 

A reportagem procurou a prefeitura de Boa Vista para saber se o enfermeiro deve responder por processo administrativo ou outra penalidade, mas não obteve retorno.

O que o governo diz
APolícia Civil de Roraima, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), esclarece que não são verdadeiras as informações de que a vitima, de 23 anos, supostamente abusada sexualmente durante um exame ginecológico deixou de ser atendida na Unidade Policial Especializada.

A Polícia Civil informa que a vítima procurou a delegacia onde registrou boletim de ocorrência. A partir desta comunicação a DEAM instaurou Inquérito Policial para investigar o caso. A própria vítima foi ouvida em termos de declarações em maio de 2018. O investigado foi intimado, qualificado, interrogado e pregressado na própria DEAM, nos autos do referido inquérito policial.

O Inquérito Policial continua tramitando, vez que diligências estão sendo realizadas por determinação da delegada que o preside, para a conclusão dos trabalhos. A Polícia Civil informa também que não é verdadeira a informação de que a vítima deixou de ser ouvida duas vezes por falta de delegada, vez que desde o início do inquérito policial suas declarações foram tomadas a termo.

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