Alunos se mobilizam em escola indígena na manhã desta quarta-feira (19). Foto cedida.

Estudantes da rede estadual de ensino, mais especificamente da Escola Indígena José Viriato, na comunidade da Raposa 1, em Normandia, fizeram na manhã desta quarta-feira (19) uma mobilização para chamar a atenção do governo do estado, para os problemas corriqueiros enfrentados pela comunidade escolar na região.

Dentre os pontos cobrados pelos estudantes está a falta de merenda, pessoal de apoio para atender aos 354 estudantes matriculados, e a reforma da quadra poliesportiva, que estaria com a estrutura comprometida, segundo eles.

Foto cedida

Em um vídeo gravado esta manhã, um dos alunos diz que há mais de 20 anos que a comunidade aguarda por condições estruturais mínimas  para o funcionamento. Na ocasião, o estudante ainda diz que o governo anterior fez apenas ‘uma maquiagem’ na unidade, o que não resolveu nenhum dos problemas no local.

“Não temos uma reforma, não temos merenda escolar, e essa paralisação é para que nossos direitos enquanto alunos indígenas venham a ser garantidos”, disse.

Assista ao vídeo:

Em outro vídeo, o professor Orlando da Silva abre o freezer da escola e mostra que no local há apenas dois frangos e água. Isso, segundo ele, é para durar 15 dias.

Governo do Estado – A Seed (Secretaria de Educação e Desporto) informa que, segundo dados do censo Escolar, a Escola Estadual Indígena José Viriato, localizada no município de Normandia atende 337 alunos no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Reforça que, mesmo sem recursos, a atual gestão da Seed está trabalhando para resolver as demandas das escolas indígenas, enfrentando as dificuldades encontradas, entre elas, as dívidas  deixadas pela gestão anterior.

A Seed está regularizando o serviço de transporte e merenda escolar e por meio de processo seletivo, também está suprindo as necessidades de professores das escolas indígenas. Somente no último processo seletivo, foram ofertadas 1.463 vagas, sendo 1.123 disciplinas específicas regulares e 340 vagas para professores de Língua Indígena. A secretaria deverá realizar processo seletivo para contratação de pessoal de apoio e a referida unidade de ensino será atendida com esses profissionais. Em relação ao transporte escolar, o DAE (Departamento de Apoio ao Educando) está finalizando a aferição das rotas na localidade e no prazo de dez dias o serviço deverá ser regularizado na escola.

Sobre a merenda, os produtos são entregues também pelo DAE mediante protocolos e guias de recebimento. A entrega dos itens está regular. A última guia de recebimento assinada pelo responsável da escola aponta que a unidade de ensino recebeu no dia 06 de junho, batata doce, cheiro verde, couve, melancia, melão, milho verde, pepino, tomate, arroz, farinha de mandioca, feijão carioca, extrato de tomate e frango.

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