Foto: banco de imagens

Por si só, o desmanche que o governo Bolsonaro está promovendo na Educação do país já é aterrador. E assusta mais ainda o movimento que surgiu na internet para apoiar a decisão do desmantelo educacional e justificar o corte de verba para as instituições federais de ensino superior. É como se os erros de uma pequena minoria justificasse o massacre que está sendo feito contra a maioria que batalha por uma formação.

A situação é muito mais grave do que se imagina. A gestão Bolsonaro também fez cortes severos nas bolsas de pesquisa no país. Estamos vivendo uma esquizofrenia sem precedentes, em que pessoas que não aparentam nenhuma anomalia intelectual passam a defender o desmanche do ensino superior como se fosse a solução para os grandes males aos quais o país está submetido.

Está comprovado, em vários países que alcançaram o desenvolvimento, que a educação é o alicerce para a reconstrução de uma sociedade. Mas, ao que indica a reação dos defensores do governo, o duro golpe no ensino superior é visto como um castigo a quem eles supostamente acham que votaram no PT. É inconcebível que existam pessoas pensando desta forma, como se o ensino superior fosse de esquerda ou um reduto de baderneiros, que protestam pelados, usam droga ilícitas e que difundem pornografia como arte.

E tudo isso seguido de uma família que comanda o país cultuando um guru que não mede palavras chulas para atacar seus desafetos, em especial os generais do Exército, e cultua pensamentos preconceituosos e tacanhos. É esse o cenário de fundo com que o governo promove o ataque ao ensino superior sob aplausos dos que defendem um retrocesso, como ocorria em séculos passados, quando a educação era privilégio de um pequeno grupo eleito pela casta que está no poder.

Torna-se urgente que a sociedade compreenda que educação é a única saída para mudar a realidade de um povo, de uma nação. Que se puna os que não levam o ensino a sério, mas não se pode permitir que toda a sociedade seja castigada pela ignorância e pela loucura de quem não consegue ler a realidade além da palma da mão que segura um celular para postar aberrações, como se estivéssemos numa histeria coletiva contra a educação.

O Brasil precisa entrar numa corrente suprapartidária em defesa da Educação. E isso independe de quem votou a favor ou contra Bolsonaro. O futuro do país depende de como vamos agir agora contra esse duro golpe que se armou nas entranhas de um governo que aposta na paranoia de que tudo se resume a petismo ou comunismo para justificar o massacre. Os protestos já começaram em alguns estados e o grito contra esse desmantelo precisa se tornar um movimento nacional.

Às ruas, estudantes, professores e pais de alunos! É o nosso futuro em jogo.

*Colunista, idealizador do site www.roraimadefato.com.br

 

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