Nesta quarta-feira (28), mulheres e familiares de policiais e bombeiros militares se reuniram com a governadora Suely Campos (PP) para cobrar o pagamento dos salários atrasados. Elas foram recebidas após realizarem protestos na Casa do Cidadão e no 2º Batalhão da Polícia Militar (2º BPM). As mulheres saíram da reunião sem a certeza do pagamento dos salários e decidiram continuar com as manifestações.
“A governadora explicou que se não tiver um acordo para a liberação dos recursos do Iper [Instituto de Previdência de Roraima], não haverá pagamento. Essa seria uma das opções. A segunda alternativa que ela colocou é que fosse devolvido o dinheiro gasto com os venezuelanos em Roraima, que isso estaria sendo pedido ao Governo Federal, mas a audiência que seria realizada foi adiada. Ou seja, não foi dada nenhuma previsão de pagamento dos salários”, disse Amanda Teixeira, esposa de militar.
Depois da reunião com a governadora, as manifestantes decidiram manter o bloqueio na entrada do 2º Batalhão da Polícia Militar, na zona oeste de Boa Vista, impedindo o deslocamento de viaturas. Os servidores estaduais estão com o salário de outubro atrasado, o que gerou outras manifestações, como o bloqueio da BR-174. As manifestantes também estão acampadas há um mês na frente do Palácio Senador Hélio Campos.
“As famílias estão passando necessidade, sem alimentos, sem combustível. Estão todas desestabilizadas por conta do atraso dos salários”, completou Amanda.
Nessa terça-feira (27), o Tribunal de Contas de Roraima (TCE) reforçou a decisão cautelar que proíbe o Governo do Estado de usar recursos do Instituto de Previdência de Roraima (Iper) para pagamento de despesas de servidores.
Outro lado – O Roraima 1 entrou em contato com o Governo do Estado, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.