Foto: Greenpeace

A Amazônia registrou 960 km² de área desmatada em maio deste ano. O número, medido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), representa um aumento de 91% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 502 km² de área desmatada no bioma.

O resultado é o segundo maior para o mês da série histórica do Inpe -– iniciada em 2016. A taxa ficou abaixo apenas do recorde de 1.390 km² de área devastada, registrado em maio de 2021. No ano, esta é a segunda alta consecutiva: em abril, os alertas de desmatamento já haviam aumentado 55%.

No recorte por estados, a maior alta foi registrada em Mato Grosso: 237%, de 186 km² para 627 km². O resultado foi influenciado pelo “correntão”, prática usada para derrubar vastas áreas de vegetação nativa. O Amazonas, por sua vez, teve aumento de 22% (de 117 km² para 143 km²) e o Pará, oscilação de 5% (de 138 km² para 145 km²).

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, atribuiu o aumento do desmatamento em maio aos incêndios florestais. Segundo ele, o impacto dos incêndios florestais era relativamente baixo sobre a taxa de desmatamento, mas o cenário está mudando devido às mudanças climáticas.

“Começamos a assistir uma mudança de cenário que comprova os alertas que vinham sendo feitos pela ciência de que a floresta tropical, que é naturalmente imune a grandes incêndios, pela sua umidade, está sofrendo impacto muito grande das mudanças climáticas, reduzindo a sua resistência a incêndios e tornando-se mais vulnerável. Os dados infelizmente começam a aparecer nas estatísticas”, disse.

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