A Universidade Estadual de Roraima (UERR) instaurou sindicância para identificar o envolvimento de servidores em suposto esquema de desvio de dinheiro, investigado pela Polícia Federal (PF). A denúncia veio à público com a deflagração da Operação Cisne Negro. A apuração da UERR acontece no âmbito administrativo, paralelamente às investigações nas esferas criminal e civil.
“Nós temos o maior interesse em esclarecer isso. O trabalho da UERR tem que ser muito cuidadoso, mas tem que ser rápido. Tenho certeza de que a primeira resposta à sociedade será dada pela UERR”, destaca o vice-reitor Edson Damas, que está conduzindo as deliberações sobre o assunto no Conselho Universitário (Conuni).
Damas frisa que o trabalho de sindicância será eminentemente técnico e de análise documental e financeira. “A sindicância foi aprovada pelo Conuni, que é o órgão máximo de funções normativas, deliberativas, de planejamento e de fiscalização da Instituição”, ressalta.
O Conuni também determinou, ainda em abril, o afastamento das pessoas citadas no inquérito da Polícia Federal, que exerciam funções de chefia e de direção na UERR, para que não haja qualquer interferência na apuração dos fatos. Segundo o vice-reitor, os trabalhos da comissão de sindicância devem ser concluídos em até 90 dias.
Com a conclusão do procedimento administrativo, se for apurado que houve conduta irregular, será aberto um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra o servidor, que pode culminar em várias penas, entre elas, a exoneração. Pode haver também o encaminhamento do processo para ressarcimento do dinheiro público junto à Procuradoria do Estado.