O Governo de Roraima sancionou a Lei Estadual nº. 2.137, de 8 de março de 2025, de autoria da presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e secretária Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputada estadual Joilma Teodora (Podemos), que institui a Semana Estadual de Enfrentamento a Violência Psicológica Entre Mulheres, conhecido popularmente como “Wollying”. A mobilização acontecerá, anualmente, conforme o Calendário Oficial do Estado de Roraima, na primeira semana do mês de agosto.
Segundo a parlamentar, a ação será realizada com conscientização, na promoção da união entre mulheres no que diz respeito ao combate de práticas discriminatórias e constrangedoras entre elas. Desta forma, a mobilização desenvolverá habilidades que gerem a promoção mental, com equilíbrio mental e emocional às vítimas.
“A pretensão é que sejam realizadas palestras e debates em unidades escolares, órgãos do poder público, terceiro setor e organizações da sociedade civil a fim de que haja conscientização sobre a prática de violência psicológica entre mulheres. Com isso, incentivaremos a capacitação de educadores e gestores públicos para identificar a prática da violência psicológica que atinge esse público, tanto na sua forma ativa, quanto passiva, e os riscos emocionais e psicológicos decorrentes”, explicou Joilma.
Convênios: Para que se tenha êxito em tais atividades, o Poder Executivo ficará autorizado em firmar convênios e parcerias com entidades sem fins lucrativos, assim como parcerias público-privadas, para consecução dos objetivos previstos na referida Lei.
O que é o Wollying?
O termo Wollying é a junção de duas palavras em inglês – woman, que significa mulher e bullying, que significa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo que não é aceito por um grupo, tornando o termo uma tradução livre para assédio moral praticado de mulheres contra mulheres, conduta que afeta sua autoestima, confiança e vida em geral.
O maltrato psicológico às mulheres por parte de outras mulheres já é investigado há 20 anos e tem recebido maior atenção nos últimos anos. E essa agressão, sem importar o grau, repercute negativamente na pessoa que a recebe e também para aquela que reproduz.
A deputada enfatizou ainda que essa exposição continuada a este tipo de exigências pode dar lugar a quadros psicopatológicos que possuem como denominador comum o estresse, a ansiedade e a conduta obsessiva por determinados aspectos da imagem e da competência social.
“Identificar, conscientizar e adotar mecanismos para conter tais práticas é o objetivo primordial desta Lei. Qualquer incômodo ou maltrato psicológico sofrido pelo ser humano é capaz de ocasionar àquele que o sofre sintomas próprios deste tipo de situações: desequilíbrio emocional, baixa autoestima, problemas de autoimagem, insegurança, desamparo, sentimentos de medo, rejeição, solidão, incompreensão. É possível até mesmo desenvolver depressão e pensamentos de suicídio, levar a faltas no trabalho ou ao pedido demissão de um emprego”, finalizou Joilma.