O ex-vereador Sandro Baré (Republicanos) deverá ser o novo secretário de Cultura de Roraima. Após o secretário, Jaffé Oliveira, ter deixado o posto para assumir o cargo de diretor da Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima), depois da exoneração da senhora Anabel Mota, mãe do deputado Gabriel Mota (Republicanos). A exoneração da mãe do deputado foi uma retaliação direta por agora Gabriel ser aliado ao prefeito da capital, Arthur Henrique (MDB).
As movimentações do partido Republicanos – em Roraima comandado pelo senador Mecias de Jesus – mostram que o senador está ampliando ainda mais seus espaços de poder dentro da estrutura governamental. Se antes Mecias mandava diretamente apenas na Caer e tinhas suas indicações menores dentro de outras secretarias e autarquias estaduais, agora a Cultura estará também sob o comando do partido Republicanos, para manter-se aliado ao governador quatro vezes cassado, Antonio Denarium (Progressistas).
O passo dado agora nesta movimentação deixa clara a intenção do partido Republicanos dentro da atual estrutura de governo: ou obedece à cartilha do senador Mecias, ou ficará à deriva no governo dos náufragos.
Perfil do indicado
Sandro Denis de Souza Cruz, nasceu no dia 27 de agosto de1974, em Boa Vista (RR). Sandro Baré é policial civil. Foi eleito vereador da capital roraimense pela primeira vez para a Legislatura de 2013 a 2016. Em 2017 ocupou o cargo de Secretário de Estado na Secretaria de Articulação Municipal – SEAMPU, e em 2018, foi Secretário Adjunto da Segurança Pública. Nas Eleições 2020, foi reeleito para o segundo mandato com 2.527 votos. Nas últimas eleições, em 2024, não conseguiu ser reeleito mas segue como suplente.
Sandro Baré é irmão do defensor público e deputado federal Stélio Dener, também do partido Republicanos.
O provável novo secretário chegou a ser preso nas eleições de outubro, acusado pela Polícia Federal de compra de votos. Ele foi flagrado com R$ 70 mil em espécie, além de porte ilegal de arma de fogo. Baré obteve 2.773 votos e finalizou a eleição como o 14º mais votado, apesar de não ter sido eleito.
