Entregue à sorte por falta de talento das duas gestões Antonio Denarium (PP), que deverá deixar o mandato em poucas semanas, após a retomada do julgamento de suas cassações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o estado de Roraima vai precisar de pulso firme, austeridade, experiência e gestão sensível aos problemas reais, depois de sucessivos desleixos em todas as áreas públicas.
Com uma previsão de endividamento de R$ 1,6 bilhão, a próxima gestão terá o desafio de, dentro de um mandato-tampão, mostrar que é capaz de resolver grandes problemas em pouquíssimo tempo, sob o caos das contas desajustadas. Soluções criativas para gargalos antigos, que, ano após ano, foram muito mal varridas para debaixo do tapete por quem dizia que “dinheiro tinha, o que faltava era gestão”, sobre os seus antecessores. Viu-se a premissa continua a mesma.
Os candidatos da provável Suplementar 2025 precisarão utilizar sua energia para difundir ideias palpáveis, com condições reais de realização, para as inúmeras áreas sucateadas e desprezadas pelo atual grupo governista, mostrando que tem todas as ferramentas em mãos para desenvolver uma gestão eficiente, que é o que Roraima precisa.
As propostas precisam priorizar segmentos que estão agonizando sem suporte atual do governo do Estado, que só focou no grande produtor do agronegócio. As conversas também precisam girar em torno, da economia popular. Roraima necessita de uma gestão eficaz, capaz de oferecer soluções rápidas para problemas sempre ignorados como os da maternidade, do HGR e das comunidade mais remotas do interior.
Na educação, melhorar o suporte para a educação nas escolas, fortalecendo a rede pública estadual de ensino, sobretudo com a valorização e cuidado dos professores e demais servidores da área.
Na saúde, precisaremos de alguém que modernize unidades de atendimento, e possa gerir com eficiência o HGR, a maternidade e os demais hospitais que são de competência do governo. Além disso, é preciso oferecer apoio integral à saúde da mulher, aos dependentes químicos, aos idosos… tudo aquilo que é papel do Poder Público mas não tem sido feito há tantos anos.
Na agricultura, a próxima gestão tem que ajudar ao povo do campo oferecendo condições de trabalho, estradas, integrando e desenvolvendo o interior, acelerando a regularização fundiária pendente, promovendo o apoio necessário para que o agronegócio se expanda e seja referência, tendo em vista que há condições e capacidade para Roraima ser uma das maiores fronteiras agrícolas deste país.
Na segurança, Roraima precisa de aparelhamento total, com valorização dos servidores e a implantação de políticas nacionais que estejam surtido efeito em outras localidades. Ampliação do efetivo policial, convocando imediatamente os concursados da PCRR que aguardam por curso de formação.
Na economia precisamos oferecer incentivos urgentes, promovendo o empreendedorismo, e pensando na ampliação da logística que hoje é um desafio para o desenvolvimento comercial de Roraima. Precisamos de quem apoie os municípios, capacitando as pessoas e ofertando aquilo que o atual governo não dá: condições de o pequeno empresário se manter de pé ainda que diante de cenários negativos.
No social, precisamos de projetos que atendam à primeira infância em todo o estado, assim como foi feito na capital. A gestão precisa voltar os olhos também aos idosos e às pessoas com deficiência. Trabalhar para evitar a violência doméstica, o ostracismo entre os jovens, e combater a fome e a desigualdade social, tão latentes por aqui.
Precisa ter ainda projetos para a cultura, para os transportes, turismo, esporte e lazer, habitação, tecnologia, saneamento, energia elétrica, geração de emprego, entre tantas áreas que necessitam, obrigatoriamente, de um gestor eficiente no comando.
Ao que tudo indica, ainda este ano, teremos uma nova oportunidade de ver Roraima avançar, crescer e se desenvolver com condições de dignidade a todos.