Foto: Reprodução/Marcelo Casal/Agência Brasil

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nessa quinta (12), apontou Roraima como o estado brasileiro com maior índice de desigualdade, em 2019. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais 2020 (SIS).

A desigualdade na distribuição de renda é medida pelo índice de Gini. De acordo com esse parâmetro, quanto mais perto de 1, mais a renda é concentrada nas mãos de poucas pessoas. Em Roraima, o índice atingiu 0,576. No índice de Gini, o Brasil era, em 2019, o nono país mais desigual do mundo, com 0,543. Ele ficou abaixo de indicadores registrados.

A Síntese de Indicadores Sociais também demonstrou que o índice de pessoas pobres em Roraima passou de 32,6%, em 2018, para 38,9%, em 2019. Este foi o pior resultado em sete anos.

Isso significa que quase quatro em cada dez roraimenses vivia com menos de R$ 436 por mês, ou US$ 5,5 por dia, de acordo com o mesmo critério do Banco Mundial. O resultado superou a média nacional, de 24,7% da população abaixo da linha de pobreza.

O levantamento mostrou, ainda, que a extrema pobreza leva a um menor acesso a serviços básicos. Segundo o IBGE, 19,3% dos roraimenses com renda mensal inferior a US$ 1,90 por dia não tinham a cobertura de nenhum tipo de programa de proteção social.

Além disso, 54,6% tinham ao menos uma precariedade nas condições de moradia, 19,7% contavam com dificuldade no acesso à educação, 27,1% não podiam entrar na Internet e 70,7% viviam em domicílios sem saneamento básico.

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