Roraima é quinto mais violento do Brasil. É o que aponta o Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12). Com uma taxa de 35,9 homicídios por 100 mil habitantes em 2023, o estado ultrapassa em quase 70% a média nacional, que foi de 21,2 no mesmo período — a menor registrada no país nos últimos 11 anos.
O Atlas da Violência é uma publicação anual elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O relatório é referência nacional sobre o tema e se baseia em dados oficiais do Ministério da Saúde, como o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), além de análises estatísticas e metodologias avançadas.
Apesar da posição elevada no ranking da violência letal, Roraima apresentou queda nos homicídios em relação a 2022, quando a taxa era de 38,6. Também houve uma retração expressiva desde o pico registrado em 2018, ano em que o estado alcançou o índice de 80,6 homicídios por 100 mil habitantes. Ainda assim, os números atuais colocam Roraima entre os estados com piores indicadores de segurança pública do país, atrás apenas de Amapá, Bahia, Amazonas e Alagoas.
No total, foram 221 homicídios registrados em Roraima em 2023, número semelhante ao de 2013, quando ocorreram 227 mortes. No entanto, o período entre 2016 e 2018 foi marcado por forte escalada da violência no estado, influenciada por disputas territoriais, falhas no sistema prisional e atuação de facções criminosas.
Confira o ranking:
- Amapá – 57,4
- Bahia – 43,9
- Pernambuco – 38,0
- Amazonas – 36,8
- Roraima – 35,9
- Alagoas – 35,3
- Ceará – 32,0
- Mato Grosso – 30,8
- Rondônia – 30,0
- Sergipe – 29,4
- Pará – 29,1
- Rio Grande do Norte – 27,4
- Tocantins – 27,1
- Maranhão – 24,5
- Acre – 23,7
- Piauí – 22,0
- Goiás – 21,4
- Mato Grosso do Sul – 20,7
- Paraná – 18,9
- Rio de Janeiro – 18,2
- Espírito Santo – 17,6
- Rio Grande do Sul – 17,2
- Minas Gerais – 12,9
- Distrito Federal – 11,0
- Santa Catarina – 8,8
- São Paulo – 6,4