Foto: Alan Chaves

O estado de Roraima registrou 426,6 mil hectares queimados entre janeiro e julho de 2025, segundo o Monitor do Fogo do MapBiomas. O número coloca o estado como o segundo do país em área atingida pelo fogo no período, atrás do Tocantins (467 mil ha) e à frente do Maranhão (329,7 mil ha).

Dois dos três estados que mais queimaram no mês passado lideram o ranking em área queimada entre janeiro e julho deste ano estado: Tocantins, com 467 mil hectares (19% de toda a área queimada no Brasil nesse período); Roraima, com 426,6 mil hectares; e Maranhão, 329,7 mil hectares. Juntos, esses três estados totalizaram 50% da área queimada no período. Os municípios de Pacaraima (RR) e Normandia (RR) registraram as maiores áreas queimadas entre janeiro e julho de 2025, com 122,8 mil hectares e 122 mil hectares queimados, respectivamente.

No Brasil, o mês de julho contabilizou 748 mil hectares queimados, o menor valor para o período desde o início da série histórica, em 2019. Em comparação com julho de 2024, houve uma redução de 40%, o que equivale a 510 mil hectares a menos.

Do total atingido em julho, 76,5% correspondeu à vegetação nativa, com maior impacto sobre formações savânicas (36%). Nas áreas de uso agropecuário, as pastagens foram as mais afetadas, somando 14,3%.

Cerrado concentrou a maior parte das queimadas

O Cerrado registrou 571 mil hectares queimados em julho, o equivalente a 76% do total nacional no mês. O valor representa uma redução de 16% em relação ao mesmo período de 2024. Em seguida aparece a Amazônia, com 143 mil hectares atingidos, queda de 65% na mesma comparação.

Os estados com maiores áreas queimadas em julho foram Tocantins (203 mil ha), Mato Grosso (126 mil ha) e Maranhão (121 mil ha). Entre os municípios, todos no Cerrado, destacaram-se Lagoa da Confusão (TO), Mirador (MA) e Formoso do Araguaia (TO).

Acumulado nacional em 2025

Entre janeiro e julho de 2025, o Brasil registrou 2,45 milhões de hectares queimados, uma redução de 59% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram 6,09 milhões de hectares.

A vegetação nativa respondeu por 75% da área queimada, principalmente em formações campestres (28,5%). Nas áreas agropecuárias, as pastagens foram as mais atingidas, com 358 mil hectares.

O Cerrado concentrou 1,2 milhão de hectares queimados, metade do total no país. A Amazônia somou 1,1 milhão de hectares, volume 70% menor que em 2024 e o mais baixo desde 2019.

Outros biomas

No Pantanal, foram queimados 13 mil hectares entre janeiro e julho, queda de 97% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Mata Atlântica teve 61 mil hectares queimados, com predominância de áreas agropecuárias. O Pampa registrou 9,3 mil hectares, em sua maioria de vegetação nativa.

A Caatinga, por outro lado, apresentou aumento de 54% nas áreas queimadas em comparação a 2024, alcançando 31 mil hectares, majoritariamente em formações savânicas.

Monitor do Fogo

O Monitor do Fogo realiza o mapeamento mensal de cicatrizes de fogo no Brasil desde 2019, utilizando imagens de satélite Sentinel 2. Os dados são públicos e atualizados mensalmente, permitindo acompanhar a extensão das queimadas em todo o território nacional.

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