Foto: IFRR

Com uma proposta voltada à sustentabilidade na piscicultura, o projeto desenvolvido pelo Campus Novo Paraíso do Instituto Federal de Roraima (CNP/IFRR) conquistou o 3º lugar na categoria Academia do Prêmio de Inovação Aquícola da Aquishow, um dos principais eventos do setor no país.

A pesquisa propõe o uso de macrófitas — plantas aquáticas flutuantes e submersas — como biofiltros no sistema de recirculação de água na criação do tambaqui curumim, espécie nativa da região Norte. A técnica permite a biorremediação dos efluentes da piscicultura, reduzindo a carga de nutrientes e melhorando a qualidade da água utilizada no cultivo.

Realizada no fim de maio, em Uberlândia (MG), a Aquishow reuniu pesquisadores, produtores e especialistas para debater os avanços e desafios da aquicultura no Brasil. O projeto do IFRR se destacou entre propostas de diversas instituições de ensino e pesquisa pela combinação de inovação tecnológica e foco ambiental.

Segundo o coordenador da pesquisa, Ellano José da Silva, o sistema evita trocas constantes de água ao manter os parâmetros físico-químicos ideais por meio da absorção de resíduos pelas plantas. “Essas plantas absorvem elementos químicos que diminuem a qualidade de água, como restos de ração e excretas (fezes e urina) dos peixes, mantendo a água com parâmetros físico-químicos ideais sem necessidade de trocas de água, reduzindo seu consumo e assegurando a sustentabilidade do sistema”, explicou.

A iniciativa é resultado de edital da Pró-Reitoria de Pesquisa do IFRR (Propespi), com bolsa concedida a estudantes do curso de Agronomia. A equipe multidisciplinar é composta pelos servidores Ellano José da Silva, Caroline Pereira de Campos, Marcello Henryque Costa de Souza, Juliano Jonas Sabio de Melo e Vonin da Silva e Silva, além dos alunos Rosane Marques de Souza, Ayla Joanna Santos Cadete, Douglas Vasconcelos Correia, Randrey Richard Level Marques e Luiz Guilherme Silva França.

Embora ainda esteja em desenvolvimento, os primeiros resultados indicam o potencial do projeto para gerar patente e beneficiar diretamente a cadeia da aquicultura com menor consumo de água e maior eficiência produtiva.

“Enquanto pesquisadores, frequentemente enfrentamos desafios relacionados à valorização do nosso trabalho. Esse reconhecimento não apenas valida nossos esforços, mas também amplia a visibilidade e o impacto de nossa pesquisa”, disse o coordenador.

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