O Movimento Todos por Roraima promoveu, nesta sexta-feira (3), um encontro com agricultores familiares de diferentes regiões do estado. A reunião, realizada em Boa Vista, reuniu lideranças rurais, assentados e representantes de cooperativas em mais uma rodada de escuta popular. O objetivo foi ouvir diretamente quem vive da agricultura e fortalecer o diálogo com o setor, considerado estratégico para a geração de renda em Roraima.
O deputado estadual Soldado Sampaio (Republicanos), idealizador do Movimento, destacou a relevância da agricultura familiar para o desenvolvimento social do estado e defendeu a criação de políticas públicas permanentes.
“Estou como deputado, no quarto mandato, numa luta nesse Estado na defesa do trabalhador e também do trabalhador rural. Tenho procurado fazer a defesa constante pelo fortalecimento da agricultura familiar nesse Estado. Nós temos quase 30 mil agricultores familiares entre assentamentos do Incra, do Iteraima, em todo o Estado. Estamos falando de 30 mil ou mais famílias que vivem diretamente da agricultura familiar e que não podem ficar dependendo de ações pontuais de governo”, afirmou.
Sampaio reforçou ainda que as contribuições apresentadas serão fundamentais para consolidar propostas de longo prazo. Segundo ele, o Movimento busca transformar a escuta popular em políticas de Estado, evitando medidas apenas temporárias.
Para a agricultora Dalva Conceição, do PA Nova Amazônia, a iniciativa representa uma oportunidade de aproximar a base produtiva dos parlamentares.
“A Assembleia hoje abre as portas para a base, para buscar o conhecimento, as necessidades e para discutir políticas públicas com os agricultores. Eu acredito que política pública é discutida a partir de ouvir as pessoas, que é uma política afirmativa para todos e todas”, avaliou.
Já Sérgio Fernandes, presidente da Coopercinco (Cooperativa Agropecuária dos Cinco Polos), defendeu ações que superem o assistencialismo e estimulem o protagonismo dos trabalhadores.
“Esse foi um momento importante para a agricultura familiar do estado de Roraima, onde várias lideranças apresentaram questionamentos e propostas. O que a gente precisa não é apenas de assistencialismo, mas de fomento com contrapartida do agricultor. Isso gera pertencimento e valorização do que é conquistado”, afirmou.