O clima no Senado é de que discussões sobre punições a Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela Polícia Federal (PF) com dinheiro na cueca, somente vão ocorrer após o fim do período de afastamento dele do cargo, que se encerra em fevereiro do ano que vem. A estratégia é para reduzir a pressão sobre os senadores. A informação é do jornal O Tempo.
Outro ponto lembrado por parlamentares ouvidos pelo jornal é de que algo efetivo somente vai ser feito ao ex-vice-líder do governo Jair Bolsonaro (sem partido) se a opinião pública pressionar. Isso também é o que vai valer sobre que tipo de sanção será aplicada. Caso contrário, o caso vai ser esquecido. “Com esse monte de escândalo no país? Tudo pode ser esquecido”, diz um senador.
Rodrigues está afastado das funções no Legislativo. O filho dele, Arthur Ferreira Rodrigues (DEM-RR), é o primeiro suplente e tem até dia 20 de novembro para decidir se ocupa a vaga. Enquanto isso, Roraima está somente com dois representantes no Senado Federal.
A representação dos partidos contra Chico Rodrigues apresentada no Conselho de Ética está em análise na Advocacia Geral do Senado. Possíveis punições vão partir do andamento desse processo no colegiado, chefiado pelo correligionário dele, Jayme Campos (MT).
OPERAÇÃO DESVID-19
No dia 14 de outubro, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagrou uma operação que investiga desvios de recursos direcionados para o combate ao coronavírus. Um dos alvos da operação era Chico Rodrigues. Os mandados foram ordenados pelo Supremo Tribunal Federal. A CGU estimou que os desvios chegaram a R$ 20 milhões.
Quando da operação, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva de Chico Rodrigues, mas o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou. Ele determinou somente o afastamento do parlamentar, por 90 dias. Pressionado, porém, por colegas do Senado, o político de Roraima resolveu pedir suspensão das funções por 121 dias.








