Foto: Ascom PCRR

Quatro homens foram presos nesta terça-feira (30) durante a Operação Nêmesis, deflagrada pelo 5º Distrito Policial da Polícia Civil de Roraima. As investigações apontam que o grupo se apresentava como policiais civis para invadir residências, simular blitzes e praticar roubos na capital.

De acordo com o delegado Igor Silveira Alencar, titular do 5º DP, os investigados são apontados como responsáveis por dezenas de crimes. “Eles se passavam por policiais civis para ludibriar vítimas, cometer roubos e violência física, estourar bocas de fumo e agir contra rivais ou pessoas recém-chegadas à cidade, como ‘garimpeiros’ com dinheiro, ouro ou drogas”, explicou.

As prisões têm relação com um roubo ocorrido em 20 de junho no bairro São Bento. Na ocasião, o grupo usou um Toyota Corolla prata, distintivos falsos e balaclavas para render uma vítima recém-chegada do garimpo e levar dinheiro, joias e outros pertences.

Segundo o delegado, a estrutura criminosa dificultava a identificação dos autores. “Trata-se de um grupo grande e interligado, que atua com pessoas diferentes em momentos distintos, dificultando sua identificação”, disse Igor.

A investigação durou cerca de três meses, com análise de crimes anteriores e coleta de provas. Os mandados de prisão e busca foram autorizados pelo Judiciário após parecer favorável do Ministério Público.

Na ação desta terça-feira, 22 policiais civis cumpriram dez ordens judiciais — seis de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva — nos bairros Aeroporto, Caranã, Mecejana, São Bento e 13 de Setembro. Foram apreendidas porções de maconha, balanças de precisão, rádios comunicadores e outros materiais.

Foram presos Z.G.M.R., de 18 anos; A.L.S.A., de 30 anos; R.V.S.S.G., de 26 anos; e J.V.F.F., de 23 anos. Eles vão responder por roubo majorado, com agravantes de concurso de pessoas e uso de arma de fogo.

O delegado Igor destacou que a simulação de atuação policial aumenta a gravidade dos crimes. “Em todas as ações, o grupo simulava uma abordagem da Polícia Civil, atentando gravemente não só contra suas vítimas, mas contra a imagem da instituição, a boa-fé pública e o princípio da confiança que a população deposita em seus agentes. Nosso trabalho é contínuo, integrado e voltado para assegurar a segurança e a ordem pública”, ressaltou.

Esta foi a segunda operação em setembro contra grupos criminosos que se passavam por policiais civis. No dia 11, uma ação coordenada pelo 4º DP resultou na prisão de três suspeitos em esquema semelhante. Os presos foram levados ao 5º DP e devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (1º).

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