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Foto: Ascom PCRR

A Polícia Civil de Roraima deflagrou na manhã desta quarta-feira, dia 10, a Operação Ouro de Tolo e cumpriu 30 mandados judiciais contra uma quadrilha interestadual especializada em roubos armados de ouro em garimpos da Amazônia. Do total, 22 foram de busca e apreensão e oito de prisão preventiva.

Cinco integrantes do grupo foram presos durante a ação, que ocorreu simultaneamente em Roraima, São Paulo, Pernambuco, Maranhão, Pará e Amapá. Em Roraima, os mandados foram cumpridos em Boa Vista, Bonfim e Rorainópolis.

Em Boa Vista, foi preso A. R. S., de 38 anos, apontado como liderança da quadrilha, no bairro Asa Branca. Em Bonfim, foi preso I. D. C., de 29 anos. O irmão de A. R. S., identificado como S. R. S., de 36 anos, foi preso no Amapá. No Maranhão, foi preso D. B. S., de 27 anos, e, no Pará, E. O. S. S., de 35 anos.

De acordo com o delegado titular da DRACO, Wesley Costa de Oliveira, a operação foi coordenada pela PCRR, com apoio das Polícias Civis dos demais estados. “Esse trabalho só avançou com rigor analítico, técnica investigativa e decisões judiciais que permitiram aprofundar a coleta de dados”, afirmou.

As investigações começaram em março, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal na BR-174. Um dos suspeitos, já monitorado, foi preso com uma arma de fogo, e o celular apreendido revelou conversas que indicavam a existência de uma organização criminosa estruturada para roubar ouro de forma ilegal. “A análise dos dados, autorizada judicialmente, revelou conversas e estratégias que indicavam a existência de uma rede organizada especializada em roubar ouro extraído ilegalmente”, explicou o delegado Ricardo Daniel.

Segundo ele, a quadrilha atuava com divisão de tarefas, fornecimento de armamento, munições, fardamento com características militares e planejamento de ataques. “O grupo atuava com estrutura e planejamento, não como criminosos eventuais. Eles infiltravam informantes, monitoravam o transporte do ouro e escolhiam o momento exato da saída da produção para atacar”, destacou.

Durante a operação, foram apreendidos celulares em todos os estados envolvidos. Em Boa Vista, uma caminhonete usada pela quadrilha foi recolhida. No Maranhão, duas armas de fogo foram apreendidas, onde um dos alvos conseguiu fugir. “A análise do material apreendido deve ampliar o número de mandados e identificar outros operadores da rede criminosa”, disse Wesley Costa de Oliveira.

Os presos capturados fora de Roraima permanecem nos estados de origem. Já os dois detidos no estado serão apresentados nesta quinta-feira, dia 11, em audiência de custódia.

O nome da operação faz referência à falsa sensação de riqueza associada ao ouro, que, segundo a polícia, terminou sem qualquer benefício para os criminosos diante da ação policial.

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