Uma nova plataforma digital para monitoramento da Terra Indígena Yanomami foi apresentada nesta semana pela Casa Civil da Presidência da República, em parceria com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O sistema já está em operação e vem sendo utilizado por diferentes órgãos públicos em ações estratégicas na região.
A ferramenta reúne dados sobre divisão territorial, população, infraestrutura e outros indicadores considerados essenciais para a gestão do território. Com interface interativa, o objetivo é organizar e sistematizar informações de forma acessível e transparente, facilitando o trabalho de órgãos públicos e permitindo maior articulação entre instituições que atuam na área.
O lançamento ocorreu na sede do Censipam, que foi responsável por hospedar o evento. Segundo o diretor-geral adjunto do órgão, Harley Angelo de Moraes, a iniciativa reflete a vocação do Censipam para o trabalho conjunto com outras instituições.
“Temos em nosso DNA a parceria com outros órgãos. Estamos muito felizes com essa iniciativa conjunta e com a presença de todos os parceiros”, afirmou Moraes.
Representando a Casa Civil, a servidora Janine Ginani destacou que a colaboração com o Censipam foi determinante para o desenvolvimento da ferramenta.
“Quando conheci as ferramentas e soluções do Censipam, percebi o quanto essa parceria era fundamental, inclusive para apoiar povos indígenas isolados. É um sonho se tornando realidade”, disse. De acordo com Ginani, a plataforma foi projetada para apoiar a gestão pública e poderá, futuramente, ser expandida para outras terras indígenas, com acesso aberto às informações.
Órgãos como a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) já utilizam recursos do sistema em atividades logísticas, como a distribuição de cestas básicas em comunidades de difícil acesso. Representantes desses órgãos destacaram a praticidade e segurança da tecnologia no dia a dia.
Walter Marinho, da Coordenação-Geral de Inteligência, avaliou que a plataforma pode fortalecer a atuação integrada dos órgãos públicos na região.
“É uma ferramenta que certamente vai contribuir de maneira muito positiva para o nosso trabalho e para a tomada de decisões estratégicas”, declarou.
Segundo os coordenadores do projeto, a expectativa é que, após o período de testes e ajustes com base no uso prático, a plataforma se torne um instrumento permanente de monitoramento e apoio às políticas públicas voltadas à proteção e ao desenvolvimento sustentável da Terra Indígena Yanomami.