Em meio às celebrações de Corpus Christi, uma das datas mais significativas do calendário cristão, as ruas de diversas cidades brasileiras se enchem de fé, oração e manifestações públicas de religiosidade. É nesse mesmo espírito que ocorre, hoje, em São Paulo, mais uma edição da Marcha para Jesus — considerada a maior do mundo — reunindo milhões de fiéis em um ato de adoração, comunhão e cidadania.
O ambiente de devoção vivido em todo o país nesta época do ano ganha novo destaque no Congresso Nacional por meio de uma iniciativa do deputado federal Duda Ramos (MDB-RR). Ele é o autor do Projeto de Lei nº 1594/2025, que propõe o reconhecimento da Marcha para Jesus como Manifestação da Cultura Nacional, ampliando o valor simbólico e institucional de um evento que vai muito além do campo religioso.
“A Marcha para Jesus é um testemunho vivo da fé cristã e da cultura do nosso povo. Assim como Corpus Christi une comunidades em torno da espiritualidade e da partilha, a Marcha também é uma demonstração pública de fé e de união entre os brasileiros”, afirmou o deputado.
Roraima se prepara para sua edição da Marcha
A proposta de Duda Ramos tem ainda mais peso em seu estado natal: Roraima, onde a Marcha para Jesus também será realizada em breve, mobilizando igrejas, lideranças comunitárias e milhares de fiéis. Segundo o parlamentar, o evento tem crescido em importância nas regiões Norte e Nordeste, tornando-se um marco da identidade cristã brasileira.
O projeto, apresentado à Câmara dos Deputados em abril, reforça a relevância da Marcha para Jesus não apenas como um ato religioso, mas como uma manifestação cultural que reúne pessoas de diferentes origens em um ambiente de respeito, música, reflexão e solidariedade.
Fé e cultura de mãos dadas
O Brasil é um país com profundas raízes cristãs, e eventos como a Marcha para Jesus e Corpus Christi expressam essa fé de maneira coletiva. O reconhecimento formal da Marcha como manifestação da cultura nacional — além do já instituído Dia Nacional da Marcha para Jesus, pela Lei nº 12.025/2009 — busca garantir a valorização permanente dessa tradição no cenário público e cultural do país.
“Trata-se de um gesto de respeito com a história que a Marcha construiu nas últimas décadas e de estímulo à continuidade de uma celebração que move milhões de corações todos os anos”, argumenta Duda Ramos.
O projeto agora aguarda tramitação nas comissões da Câmara e tem recebido apoio de parlamentares da bancada evangélica e de defensores da valorização da fé como elemento cultural e social.
Em um momento em que o Brasil celebra Corpus Christi com procissões, missas e tapetes de fé pelas ruas, o Congresso também se movimenta para reconhecer a dimensão espiritual como parte essencial da cultura nacional — um caminho que fortalece as raízes do povo e amplia o respeito à pluralidade religiosa brasileira.
