Foto: Divulgação/Pigz

O que começou como uma solução emergencial em plena pandemia virou um case de sucesso em todo o Brasil. A Pigz, criada em 2020 pelos empreendedores de Roraima, Laercio Gentil e Leonardo Seefeld, é hoje a primeira tecnologia genuinamente roraimense a ser exportada para o restante do país, sendo uma alternativa além de empresas como iFood e Meituan.

Embora o nome Pigz só tenha ganhado força no período de isolamento social, a ideia já rondava o imaginário dos criadores desde 2014. A pandemia foi apenas o estopim para colocar o plano em prática.

“Nosso objetivo como empreendedores sempre foi resolver problemas”, conta Laercio, um dos fundadores. “Durante o lockdown, vimos restaurantes sem saída, dependendo de telefone, WhatsApp ou presos a outras plataformas que cobravam comissões altíssimas. Foi aí que surgiu a primeira versão do Pigz”, acrescenta.

Com isso, os dois começaram com um MVP (Produto Mínimo Viável) que logo se transformou em um ecossistema robusto que hoje atende estabelecimentos em todos os estados brasileiros.

De página simples à uma plataforma multifuncional

No começo, o Pigz era uma página simples: listava restaurantes e permitia que o cliente fizesse o pedido inserindo apenas o nome. Hoje, é um sistema completo para quem quer digitalizar o negócio, com soluções de cardápio digital, gestão de pedidos e caixa, atendimento por QR Code, autoatendimento, venda de ingressos para eventos e muito mais.

“A gente não queria ser mais um marketplace. Queríamos ser parceiros reais dos donos de restaurantes, oferecer autonomia para que eles crescessem”, reforça Leonardo, também fundador. E essa parceria é real: enquanto outras plataformas chegam a cobrar até 30% de comissão, o Pigz não cobra comissões, permitindo que o restaurante mantenha o mesmo preço no cardápio físico e no digital.

Um cardápio de soluções

Para quem acha que o Pigz é “só delivery”, a surpresa é grande. A plataforma está dividida em dois grandes pilares: online e presencial. No online, há o marketplace e o cardápio digital. No presencial, as opções incluem totem de autoatendimento, pedidos por QR Code na mesa, app para garçons, atendimento no balcão e controle total de gestão e caixa. Tudo isso integrado e com suporte técnico próximo, o que torna a experiência mais humana e local, mesmo com atuação nacional.

E não para por aí: a Pigz também virou referência na venda de ingressos para eventos. “Percebemos que o processo em outras plataformas era complicado demais. Queremos facilitar. Se a pessoa já pede pizza no Pigz, por que não comprar o ingresso para o show de amanhã no mesmo lugar?”, explica Laércio. A ideia evoluiu tanto que o aplicativo já começa a se firmar como uma agenda cultural digital de Boa Vista.

Uma comunidade, não um marketplace

Mais do que uma plataforma, os fundadores definem o Pigz como uma comunidade. “Queremos que o dono do restaurante sinta orgulho de estar com a gente, e ser uma comunidade em que o empresário faça questão de participar. Não queremos a fatia do lucro dele, desejamos ajudá-lo a vender mais e gerir melhor”, diz Leonardo.

Esse cuidado transparece até nos feedbacks dos clientes. Muitos empreendedores relatam crescimento nas vendas e elogiam a facilidade de uso da plataforma. E até consumidores finais já perceberam a diferença: “Por exemplo, acontece de uma pizza custar R$ 50 no Pigz e R$ 80 em outras plataformas. A mesma pizza, da mesma loja!”, diz Laercio, citando um tweet que viralizou.

Orgulho roraimense

Com clientes em todos os estados e um leque de serviços cada vez mais amplo, o Pigz é hoje considerado como a maior empresa de tecnologia de Roraima, e a primeira a exportar sua solução para o resto do país.

Embora o marketplace de delivery (como o que funciona em Boa Vista) ainda não esteja disponível nacionalmente, os demais serviços — como cardápio digital, autoatendimento e gestão de pedidos — já operam de norte a sul, além de contar com uma solução de pagamentos em parceria com a Stone.

Ao longo desses cinco anos, a empresa já soma mais de 24 milhões de pedidos e possui cerca de 200 mil usuários cadastrados. Porém, como é possível usar o aplicativo sem conta cadastrada, a estimativa de clientes que usam os serviços do Pigz, dobra.

Mas apesar do crescimento, os fundadores mantêm os pés no chão e o coração no propósito: “Queremos continuar ajudando negócios locais a prospear. Não somos apenas uma plataforma, somos parceiros. E isso faz toda a diferença”.

O que vem pela frente é mais expansão e inovação. Os fundadores falam em consolidar a agenda cultural nos aplicativos, incluir eventos gratuitos, oferecer novas ferramentas de marketing digital para os restaurantes parceiros e, quem sabe, lançar o marketplace nacionalmente.

“A gente acredita muito que restaurante bom não precisa pagar caro pra aparecer. Ele só precisa da ferramenta certa”, finalizam.

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