A Polícia Civil de Roraima (PCRR), por meio da Delegacia de Mucajaí e com apoio do Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida, realizou na manhã desta terça-feira (20), uma reprodução fotográfica simulada de crime na rodovia RR-325. A ação atendeu a uma requisição da promotoria da comarca de Mucajaí e Iracema do Ministério Público de Roraima (MPRR).
A simulação contou com a participação de peritos criminais do Instituto de Perícia Criminal Perito Dimas Almeida, policiais civis da delegacia de Mucajaí, Grupo de Resposta Tática, agentes de trânsito do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (DETRAN-RR) e representantes do MPRR.
Conforme o delegado titular de Mucajaí, Wupslander Trajano, a reconstituição do crime diz respeito a um inquérito relatado e concluído no ano em 2019 de uma tentativa de homicídio ocorrida no ano de 2018.
“Estamos prestando apoio ao Instituto de Criminalística, junto com o GRT e o DETRAN, em apoio a essa diligência. Essa ação foi em decorrência de uma requisição do Ministério Público para esclarecer alguns pontos duvidosos, como depoimentos de testemunhas, vítimas e acusados. Mais de 20 pessoas participaram da ação em si”, disse.
O perito criminal Rodrigo Kanazawa informou que a reprodução simulada contou com a participação de três peritos criminais e um auxiliar de perícia na montagem das cenas. Segundo ele, o procedimento foi realizado com o objetivo de esclarecer detalhes que ainda não haviam sido totalmente definidos no inquérito policial.
“Nossa função aqui é levantar as provas materiais que nós temos no local, junto com testemunhos, e vamos verificar a compatibilidade desses eventos. para trazer uma melhor dinâmica e elucidar melhor para a justiça. Não é mais uma verificação de autoria aqui no caso. É verificar a dinâmica dos eventos e a compatibilidade com os testemunhos”, falou Kanazawa.
O que é reprodução simulada de crime?
A reprodução simulada dos fatos, também conhecida como reconstituição de crime, é um procedimento utilizado para esclarecer como um crime aconteceu. Ela busca reconstruir, com o máximo de fidelidade possível, a dinâmica dos fatos investigados.
Segundo o delegado, esse tipo de ação é feito no local onde o crime ocorreu, a partir de depoimentos e provas já reunidas, e pode ser solicitado por delegados, promotores ou juízes. O objetivo é esclarecer detalhes como a posição das pessoas envolvidas, distâncias, obstáculos presentes no cenário e a sequência dos acontecimentos, ajudando a entender o papel de cada um no crime.
De acordo com o código de processo penal, a reprodução deve ser acompanhada por peritos oficiais, que registram todo o processo por meio de fotos e vídeos, os quais passam a fazer parte do inquérito policial ou do processo judicial.