Entre os dias 9 e 15 de junho, o Comando Conjunto Catrimani II realizou a Operação “Flecha Noturna III”, mais uma investida no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. As ações contaram com infiltração aeromóvel noturna de uma equipe de precursores paraquedistas do Exército Brasileiro (EB), tropa altamente especializada e de emprego estratégico.
Com foco na desarticulação da infraestrutura logística dos garimpeiros, a operação teve como alvo principal a pista clandestina de Mucuim, que foi interditada com o uso de explosivos após a destruição de estruturas de apoio ao garimpo ilegal em suas proximidades.
A operação, além de coibir atividades criminosas, também teve como objetivo garantir o livre trânsito dos yanomamis em seu território. As ações mobilizaram mais de 300 militares, incluindo equipes de precursores, de segurança e apoio, tripulações de aeronaves da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira, bem como o Estado-Maior Conjunto no planejamento, comando e controle.
Com o apoio das aeronaves H-60 Black Hawk, da FAB, e UH-15 Super Cougar, da Marinha, os militares e equipamentos foram transportados de Boa Vista até a região de Mucuim, tendo como base de apoio o Destacamento Especial de Fronteira de Waikás, inaugurado em 30 de janeiro deste ano.
A infiltração noturna do destacamento de precursores paraquedistas foi realizada a partir da aeronave da FAB por meio da técnica de fast rope, que permite o desembarque rápido de tropas sem a necessidade de pouso — uma habilidade crucial para zonas de acesso restrito.
Conduzida em área de selva densa e sob baixa luminosidade, a operação exigiu técnicas avançadas de infiltração, exfiltração e vigilância diuturna. O uso de Equipamento de Visão Noturna (EVN), que requer treinamento especializado, permitiu manter as ações operacionais aéreas e terrestres 24 horas por dia.
Operação Catrimani II
A Operação Catrimani II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo no Estado de Roraima, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 5.831, de 20 de dezembro de 2024, que visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na TIY.
