Foto: Comando Militar da Amazônia

O acirramento da tensão entre Estados Unidos e Venezuela não alterou os planos do Exército brasileiro, que concluiu ontem (17) a Operação Atlas, um exercício militar conjunto, coordenado pelo Ministério da Defesa, com objetivo “de aprimorar a atuação militar na região amazônica e permitindo que as tropas testassem suas capacidades operacionais em condições reais”.

Com uma logística complexa, o simulado exigiu deslocamento de tropas por todo o país, que se concentram em Roraima, estado da região Norte que faz fronteira com a Venezuela. Militares ouvidos pela reportagem do portal UOL relataram que a tensão na fronteira não aumentou nos últimos dias e que não houve, até o momento, nenhuma determinação para manter-se ali.

Para a operação, que começou no início do mês, foram empregadas 55 viaturas blindadas, 450 viaturas não blindadas, 10 helicópteros da aviação do Exército e da FAB, além de 15 aeronaves da Força Aérea, distribuídas entre transporte, reconhecimento e ataques.

A operação possui quatro fases: a primeira é a “integração estratégica entre as Forças, definição de cenários e coordenação logística”. A segunda é classificada de deslocamento Estratégico, com movimentação de tropas e meios para os estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

A terceira é a simulação viva de operações com emprego real de tropas, meios, sistemas e tecnologias. Essa que se encerrou e agora se iniciou a quarta fase que trata do “retorno das forças para suas guarnições de origem e consolidação das lições aprendidas.”
Militares aguardam e acatam as decisões diplomáticas e de governo

Apesar dessa cautela, militares afirmam que qualquer reposicionamento será precedido das decisões diplomáticas brasileiras. Cabe ao Itamaraty e ao Ministério da Defesa fazerem uma avaliação para acionar o aumento do reforço na área da fronteira.

Ontem, o presidente Lula usou um evento político em Brasília —o congresso do PcdoB— para defender a soberania da Venezuela. Ele também tem sido cobrado por autoridades para comentar o Nobel da Paz recebido pela liderança de oposição na Venezuela, Maria Corina. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi uma das que cobrou o presidente Lula (PT). 

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