Atendimento da Receita Federal no bairro Caçari, em Boa Vista. Foto: Roraima 1.

A nova tabela do Imposto de Renda 2025, que reajusta a primeira faixa e concede desconto especial aos contribuintes, passa a valer neste mês de maio. Medida provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicada em março determina isenção para quem ganha até dois salários mínimos.

Com as novas faixas, ficam isentos do IR trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de regimes próprios de previdência, servidores públicos com renda de até R$ 3.036.

A tabela traz reajuste de 7,51% na primeira faixa —a de isenção—, que sobe dos atuais R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80.

Além disso, é preciso haver ainda desconto simplificado mensal de R$ 607,20 para isentar quem ganha até dois mínimos.

O projeto que amplia a isenção para R$ 5.000 ainda está em tramitação no Congresso, e precisa ser aprovado para começar a valer. O novo desconto, no entanto, só terá validade a partir de 2026.

Segundo especialistas, o desconto-padrão deve se estender para as demais faixas de renda, assim como vem ocorrendo desde 2023, isentando mais trabalhadores.

Esse desconto é aplicado pelas empresas na fonte, mês a mês. No ajuste anual, os contribuintes informam suas rendas e despesas na declaração e o sistema calcula se pagou mais ou menos imposto. Quem pagou valores a mais irá restituir, quem pagou menos, tem de complementar.

A tabela do IR ficou congelada de 2016 a 2023. Desde então, a forma encontrada pelo governo para dar isenção a quem ganha até dois mínimos é reajustar a primeira faixa e conceder um desconto mensal para todas as outras.

Agora, projeto enviado ao Congresso deve cumprir compromisso de campanha de isentar quem ganha até R$ 5.000 mensais. Além disso, quem tem renda tributável de até R$ 7.000 deverá pagar menos imposto. A mudança se faz necessária para não haver cobrança brusca de IR acima de R$ 5.000.

Para custear a isenção, lucros e dividendos acima de R$ 600 mil por ano deverão ter imposto mínimo de 10%. Parte dos congressistas, no entanto, é contra e quer alterar a medida.

Em 2024, a tabela do IR teve reajuste de R$ 6,97% na faixa inicial mais um desconto extra de R$ 564,80 para chegar à isenção a quem ganha até dois mínimos. Com isso, a primeira faixa subiu de R$ 2.112 para R$ 2.559,20.

Segundo a Receita, 15,8 milhões de brasileiros deixaram de pagar imposto em 2024, medida válida para empregados, autônomos, aposentados, pensionistas e demais contribuintes, e outros 35 milhões pagaram menos por causa da progressividade da tabela, conforme estimativa do Ministério da Fazenda.

Em 2023, a primeira faixa da tabela foi reajustada em 10,92%, subindo de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. Houve ainda dedução simplificada fixa de R$ 528, zerando o imposto para quem ganhava dois mínimos da época e diminuindo o tributo a outros trabalhadores.

Veja nova tabela do Imposto de Renda 2025

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 2.428,80 0 0
De 2.428,81 até 2.826,65 7,5 182,16
De 2.826,66 até 3.751,05 15 394,16
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 675,49
Acima de 4.664,68 27,5 908,73

Veja a tabela mensal do Imposto de Renda de fevereiro de 2024 a maio de 2025

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (R$)
Até 2.259,20 0 0
De 2.259,21 até 2.826,65 7,5 169,44
De 2.826,66 até 3.751,05 15 381,44
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 662,77
Acima de 4.664,68 27,5 896,00

Veja a tabela mensal do IR de maio de 2023 a janeiro de 2024

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (R$)
Até 2.112,00 zero zero
De 2.112,01 até 2.826,65 7,5 158,40
De 2.826,66 até 3.751,05 15 370,40
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 651,73
Acima de 4.664,68 27,5 884,96

O que mudou na tabela do Imposto de Renda?

O governo federal reajustou em 7,51% a faixa de isenção do Imposto de Renda 2025, que sobe dos atuais R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80, ampliando o número de trabalhadores que não vão pagar IR.

Além disso, será dado um desconto-padrão calculado por economistas em 607,20 em todas as faixas de renda. Com isso, salários, aposentadorias e pensões até dois salários mínimos deixa de pagar o tributo.

Para as demais faixas de renda, também deve haver um alívio mensal no imposto.

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