Os últimos ensaios do Natal da Paz 2025 movimentam a Praça Aderval da Rocha Ferreira, no bairro Pintolândia, sempre a partir das 18h. A 12ª edição do espetáculo será apresentada neste sábado, 6, às 19h, com a participação de mais de 1.500 pessoas, entre integrantes de projetos sociais, servidores municipais, músicos e bailarinos. A organização estima público de 30 mil pessoas.
O presidente da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec), Dyego Monnzaho, afirma que o evento cresce a cada edição e reforça que o público deve chegar cedo. Ele destaca que o espetáculo, com cerca de duas horas de duração, será totalmente gratuito. Neste ano, a apresentação terá inspiração operística, unindo canto, dança e interpretação em cena. “A maior parte do elenco é formada por artistas da própria cidade. É um espetáculo completo, ao ar livre, com elementos lúdicos e mensagens que traduzem o espírito do Natal”, disse.
Uma ópera popular com 19 músicas inéditas
A edição de 2025 traz o tema “A jornada de todos nós – Uma ópera de Natal”. Segundo o diretor musical Davi Nunes, o público acompanhará 19 músicas inéditas divididas em três atos. O último ensaio está previsto para sexta-feira, 5, às 18h.
Nunes explica que o processo de criação começa no início do ano, com a definição do tema, construção da dramaturgia, organização das cenas e composição das canções. Todo o trabalho musical é desenvolvido para sincronizar orquestra, coral e dança. “O espetáculo traz momentos de rock, música épica, erudita e popular. Queremos valorizar todo o conjunto artístico envolvido e emocionar o público”, afirma.
Tradição de família no palco
Entre as histórias que se repetem a cada edição está a da servidora pública Cláudia Rodrigues, 53, integrante do Coral do Servidor. Ela divide o palco todos os anos com a filha, Clara Zion, servidora e atriz que, nesta edição, interpreta a personagem Nerfetari. Cláudia conta que participou da primeira edição do evento e que sempre incentivou a filha a participar. “Compartilhar esse momento nos aproxima. É sempre emocionante viver isso juntas”, afirma.
Inclusão e superação
O evento também destaca trajetórias de inclusão, como a da flautista Maria Fernanda, de 9 anos, integrante do IBVM. Diagnosticada com osteogênese imperfeita, condição conhecida como “ossos de vidro”, ela utiliza cadeira de rodas, mas não abre mão da música. A mãe, Érica Fernanda Almeida, afirma que a filha foi acolhida desde o primeiro dia e que o aprendizado teve impacto direto em sua qualidade de vida. “A flauta ajudou na respiração, na postura e na autoconfiança. É muito gratificante vê-la incluída e valorizada”, diz.
Uma jornada guiada pelos Reis Magos
Com cerca de duas horas de duração, o espetáculo convidará o público a acompanhar uma narrativa que segue os Três Reis Magos, conduzidos por um jovem aprendiz. A história revisita o nascimento de Jesus com emoção, humor e elementos tradicionais, integrando música, encenação e cenários criados especialmente para esta edição.








