Foto: Reprodução/MPRR

O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher, deu início nesta semana ao projeto “Beleza que Liberta”, uma iniciativa que tem o objetivo de capacitar mulheres vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade social.

A ação integra o programa “MPRR em Ação: Mulher Protegida, Sociedade Fortalecida” e oferece cursos de corte de cabelos femininos e masculinos às mulheres que buscam apoio na Casa da Mulher Brasileira. O intuito é proporcionar oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho, geração de renda e fortalecimento da autoestima.

O projeto contempla dois módulos do curso de cabeleireira, com aulas teóricas expositivas, técnicas de corte de cabelos, além de demonstrações práticas. O primeiro módulo do curso foi realizado nesta segunda e terça-feira, 21 e 22 de julho, e contou com a participação de 15 alunas.

A Promotora de Justiça Lucimara Campaner explica que, a partir da profissionalização, o “Beleza que Liberta” busca promover a autonomia financeira das mulheres atendidas, fator essencial para romper o ciclo da violência e reconstruir novos caminhos de vida com dignidade e independência.

“Esse passo é importante porque resgata a autoestima e proporciona à mulher a sensação de pertencimento a um sistema de convivência pessoal e social. Além disso, ela passa a integrar esse microssistema protetivo, do qual o Ministério Público faz parte aqui na Casa da Mulher Brasileira. E, junto a tudo isso, vem a possibilidade de trabalho e geração de renda, que contribuem para a construção do fortalecimento pessoal e social dessas mulheres”, destacou a Promotora de Justiça.

A médica Mariângela Nazário, uma das idealizadoras do projeto, ressalta que a oportunidade de aprender uma profissão tem um impacto significativo na saúde física e mental de mulheres vítimas de violência. “Estamos buscando resgatar a força dessa mulher, porque, ao ter uma atividade, ela vai se curando e se reencontrando. E, como consequência dessa mudança, a saúde dela também tende a melhorar”, afirmou a médica.

Para a aluna Tayssa Melquior, o curso representa uma oportunidade de reconhecer seu valor e enxergar novas possibilidades de vida além das experiências traumáticas que já enfrentou. “Sempre digo que vivia em uma prisão sem grades, sem perceber que estava passando por situações nas quais eu poderia ter recebido ajuda, mas eu nem sabia disso. Participar deste curso tem sido uma nova ferramenta para mim. Despertou a minha curiosidade e me fez olhar para caminhos diferentes”, pontuou a aluna.

O segundo módulo do curso está previsto para os dias 28 e 29 de julho e será realizado na 1ª Titularidade da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher, localizada na Casa da Mulher Brasileira.

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