Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) defendeu a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele afirmou que o país precisa avançar para um cenário de pacificação.
O parlamentar argumentou que o Brasil já adotou esse instrumento durante a ditadura militar e avaliou que a medida pode contribuir para restabelecer o diálogo entre os Poderes.
“Se pessoas que cometeram verdadeiros crimes políticos, assalto a banco e tantos outros, foram anistiados, por que o presidente Bolsonaro e aqueles pais e mães de família do 8 de janeiro não podem ser anistiados? Falam que eles queriam fazer um golpe, mas a arma mais poderosa que eles tinham na mão eram cabos de vassoura. De que forma eles iriam fazer um golpe, iriam decretar um golpe no país? Sob o comando de quem? Era o povo, o próprio povo se manifestando em função da insatisfação com as urnas”, disse.
Durante o discurso, Mecias também mencionou a proximidade do Natal para defender a concessão de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador afirmou que assinou um pedido com esse objetivo, que foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse que a iniciativa não tem motivação política e decorre da situação de saúde do ex-presidente. Mecias ressaltou que tal situação foi atestada por junta médica, que teria indicado a necessidade de nova cirurgia devido às sequelas do atentado contra Bolsonaro ocorrido em 2018.
“No dia 14 de dezembro examinaram o ex-presidente Bolsonaro e constataram, por meio de um exame de ultrassom, a necessidade de submetê-lo a mais uma cirurgia, para conter os danos causados pela agressão sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, quando aconteceu uma facada dolorosa que dói até hoje em Bolsonaro e no povo brasileiro. Não se pede, portanto, nenhum benefício ou privilégio, apenas o direito de o ex-presidente de ser submetido aos cuidados de saúde de que necessita”, completou.








