Mais de 249 quilos de ouro foram apreendidos desde março de 2024 durante operações de combate ao garimpo ilegal em Roraima. O volume consta em balanço da Casa de Governo, órgão que coordena ações federais no estado, e representa um valor estimado em R$ 184 milhões, conforme a cotação utilizada no levantamento oficial.
Segundo os dados, cerca de 215 quilos desse total foram apreendidos ao longo de 2025, resultado de fiscalizações intensificadas em rodovias, aeroportos e áreas estratégicas usadas para o escoamento do minério extraído ilegalmente. O restante corresponde a apreensões realizadas entre março e dezembro de 2024, período inicial de atuação da Casa de Governo.
Um dos casos mais recentes ocorreu em 2 de dezembro, quando uma aeronave particular que vinha de Itaituba, no Pará, alterou o plano de voo e pousou no Aeroporto Internacional de Boa Vista. Após alerta da Agência Nacional de Aviação Civil, a Polícia Federal encontrou 54 barras de ouro, totalizando cerca de 51 quilos, além de munições e uma pistola calibre .380. O material estava escondido na aeronave e com passageiros, e o caso passou a ser investigado por suspeita de ligação com redes interestaduais de garimpo ilegal.
O balanço também destaca apreensões realizadas em rodovias federais que cortam o estado. Em 28 de novembro de 2024, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 21 quilos de ouro na BR-174, durante fiscalização na rota Manaus–Boa Vista. Já em 4 de agosto de 2025, foram apreendidos 103 quilos na BR-401, ação descrita como a maior já realizada pela PRF no país envolvendo transporte de ouro ilegal.
Outras ocorrências incluem apreensões de 11,6 quilos, 37,4 quilos e 10,2 quilos em diferentes pontos da BR-174, todas em outubro de 2025, além de quantidades menores encontradas em operações de rotina, que somam o total consolidado.
De acordo com o governo federal, desde a criação da Casa de Governo em Roraima foram realizadas 8.459 ações integradas, envolvendo fiscalizações terrestres, fluviais e aéreas, inutilização de pistas clandestinas e apreensão de equipamentos usados no garimpo. O prejuízo estimado às atividades ilegais chega a R$ 623 milhões, considerando o valor do ouro apreendido e o impacto das operações na cadeia logística do garimpo.








