Prédio alugado para o DSEI Yanomami – Foto: Reprodução/Google

A Justiça do Trabalho determinou, nesta segunda-feira (17), que os trabalhadores da saúde Yanomami suspendam a greve iniciada no mesmo dia. A decisão foi tomada pelo desembargador Jorge Alvaro Marques, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, que considerou a paralisação ilegal. A greve foi encerrada logo após a liminar ser proferida.

A paralisação foi motivada por denúncias de condições precárias de trabalho, incluindo alojamentos inadequados, falta de insumos médicos, insegurança nas aldeias e problemas no pagamento de salários. Os profissionais também relataram problemas com a empresa terceirizada AgSUS, contratada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y).

A decisão judicial determinou uma multa de R$ 10 mil por hora em caso de descumprimento da ordem. O movimento de paralisação teve início em frente à sede do Dsei-Y, em Boa Vista, e também no território Yanomami.

A greve foi aprovada em assembleia extraordinária da categoria realizada no dia 12 de março, com apoio do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Serviço de Saúde de Roraima (Siemesp). Entre as reivindicações dos trabalhadores estavam a falta de medicamentos, a carência de equipamentos de proteção individual (EPIs), além da não compensação por insalubridade e pernoite.

Outro ponto crítico apontado pelos profissionais foi a insegurança nas aldeias, com destaque para o caso do agente de saúde Vilson da Silva Souza, de 27 anos, que faleceu após ser atingido por uma flechada durante um confronto com um indígena.

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