O Núcleo de Inteligência da Polícia Civil de Roraima cumpriu nesta sexta-feira, 10, um mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Pharos 2, coordenada pela Polícia Civil do Paraná. Um homem de 27 anos, morador da comunidade Socoraima, foi preso por armazenar conteúdo pornográfico infantil.
O suspeito foi conduzido à sede da Delegacia de Pacaraima onde o celular foi analisado. Após a constatação de imagens de menores, I. M. M. foi autuado em flagrante, enquadrado no artigo 241-b do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) que trata sobre “Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa”. Desde 2024 com a Lei 14.811, esse crime é considerado hediondo e por isso não foi afiançado.
O celular do acusado será encaminhado para perícia. O suspeito será apresentado ainda nesta sexta-feira, na Audiência de Custódia.
OPERAÇÃO PHAROS 2*
A ação conta com o apoio das Polícias Civis de 17 estados e do Distrito Federal e cumpre 44 mandados de busca e apreensão. A investigação é conduzida pela Delegacia de Palmas/PR e teve origem na análise de dispositivo eletrônico apreendido com indivíduo que comercializava fotografias e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes. As diligências identificaram alvos em diversos estados, incluindo Roraima, com indícios de envolvimento na aquisição e armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil.
A ação contou com o apoio técnico do CIBERLAB (Laboratório de Operações Cibernéticas), vinculado à DIOPI (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência) da SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). Também houve colaboração internacional da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos.
As ordens judiciais visam apreender dispositivos eletrônicos e elementos que subsidiem a investigação em curso, reforçando o compromisso das Polícias Civis do Brasil, no apoio às ações integradas de proteção à infância e repressão de crimes praticados no ambiente digital.
*O nome da operação faz referência ao Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, localizado na ilha de Pharos, no Egito. O termo simboliza luz na escuridão e proteção. Assim como o farol guiava navegantes em segurança, a operação representa o esforço conjunto das forças policiais para rastrear e responsabilizar autores de crimes contra crianças e adolescentes no ambiente digital.