A deputada federal por Roraima, Helena da Asatur (MDB), publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma ter tomado conhecimento de rumores sobre uma suposta operação da Polícia Federal em sua residência. Sem mencionar a origem da informação, ela classificou o episódio como uma tentativa de perseguição política.
“Circulam informações de que poderia haver uma operação da Polícia Federal em minha casa, onde moro com a minha família, conquistada com muito suor do meu trabalho”, disse a parlamentar. Ela afirmou que não responde a qualquer processo judicial e nunca foi chamada a prestar esclarecimentos em nenhuma instância. “Minha vida é pautada na transparência, no trabalho sério e no compromisso com a verdade”, declarou.
Helena questionou se o motivo da suposta operação seria o fato de ela ser mulher ou por ter o nome cogitado como possível candidata ao Senado Federal. “Quando mulheres ousam ocupar espaços de poder, de decisão, de protagonismo, elas incomodam”, afirmou.
A deputada também insinuou que estaria sendo atacada por não fazer parte de um grupo político específico. “Será porque eu não faço parte da panelinha de corrupção? Será?”, questionou. Em outro trecho, disse que a operação teria como único objetivo “gerar escândalo com meu nome”.
No vídeo, Helena declarou que não pretende se calar. “Se tentam me intimidar, é porque estou no caminho certo”, afirmou. “Vou enfrentar tudo com a cabeça erguida, com a força que sempre tive, com a verdade do meu lado e com o apoio de quem quer trabalho e resultado”, pontuou.
No encerramento do vídeo, a deputada voltou a atribuir os rumores a uma suposta tentativa de interferência nas eleições de 2026. “Toda essa armação política é pra eles decidirem quem vão ser os candidatos e os futuros senadores por Roraima. Mas quem decide é o povo”, concluiu.
Marido de Helena tem contratos milionários com Governo Federal
A parlamentar é casada com Renildo Lima, empresário proprietário da Voare Táxi Aéreo, empresa que possui contratos com o governo federal para transporte no território Yanomami.
Um dos contratos, firmado com o Ministério da Saúde, foi atualizado recentemente para R$ 173 milhões, valor R$ 30 milhões superior ao praticado em contrato semelhante com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A diferença foi questionada publicamente por lideranças indígenas e órgãos de controle foram acionados.
No dia 9 de setembro de 2024, Renildo foi preso pela Polícia Federal com R$ 500 mil em espécie, parte do valor escondido na cueca. A suspeita é que o dinheiro seria usado para compra de votos. Ele foi solto em seguida, por decisão da Justiça.
Polícia Federal – A equipe de reportagem do Roraima 1 entrou em contato com a Polícia Federal para saber se há investigação em curso, se houve vazamento de informação sigilosa e se a declaração da parlamentar pode ter alguma consequência legal. No entanto, não houve retorno até o fechamento desta matéria.
Confira o vídeo:
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