Viralizou neste fim de semana o vídeo onde a deputada federal Helena Lima (MDB-RR) vira as costas e ironiza a aceitação ao nome do ex-senador e presidente estadual do seu partido, Romero Jucá, para as eleições do ano que vem.
Helena, que quer sair candidata ao Senado, apesar dos recentes escândalos envolvendo seu nome, diz no vídeo que tem encontrado “cenários favoráveis” e “portas abertas” para disputar o Senado em 2026.
“O Denarium tá enrolado nessa cassação, o Mecias foi para o TCE-RR, o Romero [Jucá] tá mais queimado que… tem uma rejeição imensa”, sentencia a deputada sempre apoiada pelo ex-senador.
Apesar de não ter obtido êxito, Romero Jucá teve votações expressivas nas duas últimas disputas ao Senado Federal, é importante lembrar. Contra Mecias de Jesus, Romero não ganhou por 426 votos. Na última em que disputou, obteve 91.431, ou seja, 35,75% dos votos válidos. Sendo Helena, eu não desprezaria esses números, tampouco cuspiria assim no prato em que comeu.
Escândalos
Apesar do que diz no vídeo, a deputada deve encontrar rejeição no eleitorado roraimense por diversos fatores que não o MDB.
Recentemente, Helena da Asatur foi alvo de operação da Polícia Federal, sob suspeita de compra de votos. O marido dela chegou a ser flagrado durante as últimas eleições com dinheiro escondido na cueca. Apesar disso, a parlamentar nega qualquer ilicitude.
Outro aliado político da deputada deve terminar de afundar sua campanha ao Senado: Lula da Silva (PT), governo com o qual a deputada tem contratos multimilionários por meio de sua empresa de táxi aéreo, a Voare, não é muito bem quisto no estado onde a parlamentar pretende se candidatar. Utilizar-se deste palanque federal em sua campanha será, na melhor das hipóteses, um tiro no pé.
Se tem uma coisa que eleitor não tolera, é ingratidão.