Foto: divulgação

Neste ano o Grito dos Excluídos e Excluídas celebra 30 anos de existência e resistência, consolidando-se como uma das principais manifestações populares do Brasil, com atos realizados em várias capitais do país. Em Roraima, a mobilização acontece no dia 7 de setembro, Dia da Independência, com concentração marcada para as 16h30, na Igreja São Bento, na Avenida Ataíde Teive, no bairro Liberdade (em frente à Escola Camilo Dias). De lá, a manifestação popular seguirá pela Rua Guilherme Brito em direção à Praça do Pricumã, na rua das Margaridas, no bairro Pricumã.

Fruto da 2ª Semana Social Brasileira da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre 1993-1994, o Grito emergiu como espaço de articulação popular por direitos e Vida em Primeiro Lugar e de denúncia das desigualdades históricas, causadas pelo sistema capitalista que exclui, degrada e mata.  

Com a participação de uma rede de articuladores e articuladoras em todo o Brasil, o Grito busca construir um novo projeto de sociedade. O desafio é superar um modelo de exploração e lucro e abraçar um novo caminho de cuidado e preservação da vida. O lema de 2024 destaca: “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”.

Ao longo do percurso, as pessoas caminharão por seis ruas e avenidas, onde serão refletidos mais de dez ‘gritos’, entre eles: os direitos das mulheres, meio ambiente, terra, direitos trabalhistas, saúde, educação, habitação, proteção da criança e do adolescente, vida dos povos indígenas, população LGBTQIAPNA+, negra, juventudes, e muitas outra vidas importantes excluídas.   

De acordo com o coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Roraima, irmão Marista Danilo Bezerra, toda a sociedade é convidada para participar e manifestar o seu ‘Grito’, seu ‘Clamor” por justiça, direitos e paz. Ele lembra que terá ônibus saindo de vários pontos da capital.

“O Grito dos Excluídos e Excluídas é uma manifestação popular, carregada de simbolismo, e um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural, pois conta com a participação de pessoas, grupos, entidades civis, igrejas e movimentos sociais comprometidos com a causa das pessoas excluídas e da justiça social. Acontece sempre no dia 7 de setembro, como uma forma de questionar a independência do Brasil, trazendo nossos gritos, anseios e utopias”, explicou o religioso.

A missionária Scalabriniana, irmã Terezinha Santin, que participa do grito desde a primeira edição, reforça que o eixo central é a Vida. “Dizer Sim à Vida é um ato de resistência e coragem. O tema e o lema deste ano reafirmam o compromisso em defesa da vida em todas as suas expressões, ao mesmo tempo em que provocam uma reflexão sobre a indiferença da sociedade diante das múltiplas formas de exclusão”, citou.

A militante do MST,  Maria Silva, que faz parte da equipe de metodologia, antecipou que os participantes terão uma linda e simbólica surpresa em favor da vida no encerramento do ato público, algo que poderão levar para casa como marca dessas três décadas de movimento. 

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