No Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (23), é possível encontrar as listas com os nomes dos servidores da Companhia Energética de Roraima demitidos pelo Governo. São 196 ao todo, entre servidores públicos efetivos, celetistas, comissionados e jovens aprendizes.
Entre as justificativas para a demissão, o estado considerou:
- A Lei Estadual nº 1.666, de 2022, que dispõe sobre a extinção da Companhia Energética de Roraima – CERR;
- A Lei Estadual nº 2.106, de 2025, que prorroga o prazo para encerramento das
atividades da Companhia, fixando como data final para a conclusão do processo de liquidação o dia 30 de junho de 2025; - A Recomendação nº 005/2025 emitida pelo Ministério Público do Estado de Roraima
(MPRR), que recomenda a demissão de todos os empregados cujas funções não sejam necessárias para a continuidade do processo de liquidação que se encerra no próximo dia 30 de junho de 2025.
Protestos
Na última semana, profissionais ligados à Companhia Energética realizaram protestos em frente ao palácio Senador Hélio Campos – sede do executivo estadual, para tentar diálogo com o governador Antônio Denarium. A conversa não ocorreu.
O Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários de Roraima (Stiurr) se manifestou contrário à decisão, que segundo o presidente Oriedson Medeiros, poderia ser resolvida com a realocação dos profissionais em outros órgãos ligados ao executivo.
Atualmente, 45% dos servidores da CERR já estão cedidos e desempenhando funções em áreas compatíveis com seus cargos de origem, lotados em órgãos como Caer, Sefaz, Sesau, Junta Comercial, TRE/RR, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. “A demissão é desnecessária e fere a lei. O governo poderia simplesmente formalizar essas realocações já previstas em lei. No entanto, preferiu atender, com extrema pressa, uma recomendação sem amparo legal, que impõe um prazo totalmente desproporcional e impraticável”, reforça Medeiros.
