Nesta quarta-feira (18), o Comando Operacional Conjunto Catrimani II destruiu uma aeronave usada no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. O avião monomotor, em condições de utilização, estava escondido na lateral da pista clandestina do garimpo de Noronha, na região do Alto Uraricoera, e foi descoberto após um extensivo vasculhamento da área baseado em dados de inteligência.
A operação foi viabilizada por meio de uma infiltração aeromóvel em ambiente de selva. Soldados de infantaria e engenheiros do Exército foram transportados por um helicóptero H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB), demonstrando a interoperabilidade entre as Forças Armadas do Brasil.
O sucesso da ação resultou de intenso trabalho de inteligência, sensoriamento de área e levantamento de informações. Com o uso de imagens satelitais e da aeronave remotamente pilotada RQ 900, da FAB, foi confirmada a existência do avião monomotor utilizado pelo garimpo ilegal naquela região. Com base nesses dados, o Estado-Maior Conjunto planejou a neutralização do alvo com oportunidade e eficiência.
Durante a operação, foi comprovada movimentação recente no local. Além do avião escondido, foram identificados garimpeiros em atividade, trilhas recém-utilizadas, movimentos fluviais de fuga e trabalhos de manutenção na pista clandestina, confirmando seu uso contínuo em apoio logístico ao garimpo. No local também foram apreendidos materiais como ferramentas, botijões de gás, galões de combustível e aparelhos celulares.
A estratégia coordenada, fruto do planejamento conjunto entre as Forças Armadas, contribuiu para a desestruturação da logística do garimpo ilegal naquela região. A ação integrada reforça o esforço do Estado em combater crimes ambientais e proteger a integridade da Terra Indígena Yanomami, com apoio dos órgãos governamentais.
A Operação Catrimani II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, agências e Forças Armadas, coordenada pela Casa de Governo do Estado de Roraima. Instituída pela Portaria GM-MD Nº 5.831, de 20 de dezembro de 2024, a operação visa agir de forma preventiva e repressiva contra o garimpo ilegal, ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami.
