Foto: DIvulgação/PCRR

O Programa Quelônios da Amazônia (PQA) realizou a soltura de milhares de filhotes de tartarugas na região do baixo Rio Branco, com a participação de 25 crianças da comunidade de Santa Maria do Boiaçu. A soltura foi realizada na última quarta-feira (6).

A atividade marcou a primeira vez que o programa envolveu comunidades ribeirinhas no manejo de quelônios, uma espécie de tartaruga ameaçada de extinção, com a finalidade de controlar a captura ilegal e promover a preservação ambiental.

O PQA, que atua há 35 anos na região, tem como foco a proteção de espécies como a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), um dos animais mais afetados pelo tráfico ilegal. Além do manejo dos ovos e acompanhamento da eclosão, o programa também trabalha para evitar a predação dos filhotes, principalmente por urubus, que têm aumentado na área.

Este ano, o PQA conseguiu proteger mais de 100 mil filhotes de tartarugas, superando a marca dos 80 a 90 mil registrada nos anos anteriores. As crianças, após aulas sobre a preservação dos quelônios e a participação em um concurso de desenhos, puderam soltar os filhotes no tabuleiro de Santa Fé, localizado a duas horas de barco de sua comunidade.

O programa contou com a parceria do Ibama e da Polícia Civil de Roraima (PCRR), que auxiliam nas atividades de fiscalização contra o tráfico de animais silvestres na região. O superintendente do Ibama em Roraima, Diego Bueno, destacou a importância da educação ambiental, já que durante o período de desova e eclosão, traficantes sobem o rio Branco para capturar os animais, que ficam vulneráveis neste momento.

A atividade de soltura foi apoiada também pela Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) e pela Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh). A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), esteve presente, reforçando o papel da fiscalização e repressão de crimes ambientais.

A delegada Maryssa Batista, que destacou a importância da participação da Polícia Civil em iniciativas ambientais como esta.

“A preservação ambiental é uma responsabilidade de todos, e a Polícia Civil tem um papel fundamental na fiscalização e repressão de crimes contra o meio ambiente. Estar presente em um projeto como o Quelônios da Amazônia reforça nosso compromisso com a biodiversidade e com as futuras gerações”, disse a delegada.

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