Um homem de 37 anos, identificado como P.W.A.N., foi preso preventivamente pela segunda vez nesta quarta-feira, 14 de maio, suspeito de aplicar uma série de golpes contra empresários e produtores rurais em Roraima. A prisão ocorreu durante a segunda fase da Operação Praga Financeira, realizada no município de Pimenta Bueno, em Rondônia.
A ação foi coordenada pelo delegado Pedro Ivo e faz parte das investigações conduzidas pelo 1º Distrito Policial de Boa Vista. Segundo a Polícia Civil, a nova etapa representa um desdobramento da primeira fase da operação, que havia ocorrido em abril deste ano, quando o investigado foi preso pela primeira vez, apontado como responsável por prejuízos superiores a R$ 1,3 milhão.
Golpes envolviam documentos falsos e empresas de fachada
De acordo com o delegado, durante as investigações foi identificado que o homem se apresentava como despachante agrário. Com uso de documentos falsos, ele criava multas inexistentes para convencer uma das vítimas a fazer pagamentos, alegando que seriam necessários para a regularização de propriedades rurais.
Para reforçar a credibilidade do esquema, o suspeito utilizava duas empresas de fachada, Agrocienes e Rhondovea. Ambas estavam registradas com endereços fictícios: uma funcionava no local de uma loja de calçados e a outra em uma residência sem qualquer ligação com o investigado.
Mandados cumpridos e empresas suspensas
Três mandados judiciais foram cumpridos nesta quarta-feira. Além da prisão preventiva de P.W.A.N., foram realizadas buscas e apreensões nos bairros São Francisco e Paraviana, em Boa Vista. A Justiça também determinou a suspensão das atividades econômicas e financeiras das duas empresas utilizadas no esquema.
A prisão contou com o apoio da Polícia Penal de Rondônia. As autoridades informaram que P.W.A.N. já responde a dois processos criminais e, no processo mais recente, foi denunciado 12 vezes por estelionato pelo Ministério Público.
Investigação segue em andamento
A Polícia Civil informou que as investigações continuam com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas e eventuais crimes relacionados ao caso.
Segundo o delegado Pedro Ivo, medidas legais adicionais poderão ser adotadas. “Mesmo que ele venha a ser solto, estamos adotando todas as medidas legais para impedir que continue aplicando golpes utilizando essas empresas. Representaremos por novas medidas ou prisões quantas vezes forem necessárias”, afirmou.