O cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, descreveu Francisco como “o Papa da Amazônia” e exaltou o legado de Jorge Mario Bergoglio para a região. Steiner afirmou que o Pontífice era um homem preocupado com as pessoas da Amazônia, especialmente os povos originários, os pobres e os mais necessitados.
“O Papa Francisco sempre que nos encontrava, perguntava: ‘E como vai nossa querida Amazônia?’. Durante a pandemia, ele chegou a ligar para saber como estávamos. Um homem profundamente preocupado com as pessoas daqui, com os povos originários, com os pobres, com os mais necessitados. Era o Papa da Amazônia”, disse o cardeal em entrevista à rádio Rio Mar, de Manaus.
O cardeal Steiner destacou a importância do Sínodo para a Amazônia, realizado em 2019, em Roma, como um marco da preocupação do pontífice com a floresta e seus povos.
“A Amazônia vai dever muito ao Papa Francisco. Ele levou a Amazônia para o mundo, o mundo despertou para a Amazônia através de Papa Francisco, e por isso nós somos tão gratos por ele ter recordado a importância que a Amazônia tem. Tem em termos de oxigênio, em termos de meio ambiente, mas em termos também de cultura, mas também em termos do modo de ser igreja”, disse.
“Ele nos ajudou muito na caminhada, especialmente aqui na Amazônia. Rezemos por ele, agradeçamos a Deus pelo Papa que tivemos e peçamos por um novo Papa que continue esta missão”, disse Steiner, de 74 anos, que recebeu de Francisco o título de cardeal, em 2022, num gesto interpretado por muitios analistas da igreja católica como um reconhecimento da importância estratégica da região amazônica no futuro da Igreja.