O controlador-geral de Roraima, Regys Freitas, está sendo investigado por agressão, ameaça e perseguição à sua ex-esposa, uma estudante de Medicina. A denúncia levou à concessão de uma medida protetiva pela Justiça, que proíbe Freitas de se aproximar da vítima em um raio de 200 metros. Ambos foram casados por quatro anos, têm uma filha de 4 anos e se separaram em 2023.
A informação foi obtida pelo G1 Roraima e confirmada pelo Roraima 1. De acordo com os relatos da vítima, o relacionamento terminou após constantes ofensas e ameaças por parte de Freitas, que incluíam insultos sobre sua honra e intimidade.
A vítima também relatou que Freitas teria vazado conversas íntimas dela, até mesmo para um pastor da igreja que ela frequenta. Ela afirmou que as agressões físicas ocorreram no período de cinco meses após a separação, quando ainda morava na mesma residência que o ex-marido. Em uma das ocasiões, ele a agrediu fisicamente, puxando seu cabelo e empurrando-a.
O Ministério Público de Roraima (MPRR) foi favorável à medida protetiva, que também inclui a apreensão de armas de fogo de Freitas e determina que qualquer contato entre ele e a ex-mulher seja mediado por terceiros. A investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil e o caso foi encaminhado à Patrulha Maria da Penha.
Freitas, que ocupa o cargo de controlador-geral desde janeiro de 2024, nega as acusações e afirma que são infundadas. Em nota, ele declarou que as acusações são “falsas” e que está aguardando uma nova decisão judicial. Ele também alegou que a denúncia é uma retaliação pelo fim do relacionamento.
O Governo de Roraima e a Polícia Civil foram procurados pela reportagem para comentar o caso, mas não se manifestaram. Freitas foi reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR) de 2015 a 2023 e tem uma carreira marcada por episódios de controvérsia, incluindo a Operação Harpia da Polícia Federal, que investigou um esquema de corrupção na universidade.