No fim de agosto, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) participou da terceira oficina do Programa de Formação Yanomami, voltada ao uso de drones no monitoramento e proteção da Terra Indígena Yanomami (TIY). A iniciativa, promovida e patrocinada pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), busca ampliar a autonomia das comunidades na vigilância de seu território com tecnologias seguras e não invasivas.
O treinamento, realizado entre 11 e 27 de agosto nas localidades de Palimiú e Maloca Paapiú, contou com apoio técnico da equipe do Censipam composta por Rogério Ribeiro (instrutor), Adonias Ribeiro (auxiliar) e Cristhian Agra (auxiliar). Também participaram representantes da Universidade Federal de Roraima (UFRR), da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIJAVA) e parceiros locais.
A ação integra o Programa Piloto de Formação em Monitoramento Territorial Colaborativo e Noções Técnicas de Segurança da TIY, coordenado pelo MPI em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Instituto Socioambiental (ISA) e Hutukara Associação Yanomami (HAY). O projeto foi desenvolvido a partir de demandas apresentadas pelos povos Yanomami e Ye’kwana durante o processo de desintrusão iniciado em 2023.
Reconhecido nacionalmente pelo trabalho com sensoriamento remoto e veículos aéreos não tripulados, o Censipam contribuiu para fortalecer a capacitação técnica e estratégica. O uso de drones permite às comunidades ampliar o alcance do monitoramento, reduzir riscos de contato com ameaças e reforçar a proteção ambiental e a segurança territorial na Amazônia.