Depois de nove anos, o Brasil volta a ter voos diretos para Venezuela. A companhia aérea Gol anunciou o início das operações sem escalas entre o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos , e o Aeroporto Internacional de Maiquetía – Simón Bolívar, que atende a capital, venezuelana, Caracas. Desde o último dia 5 de agosto, a empresa abriu quatro frequências semanais de ida e volta entre os dois aeroportos, às terças, quintas, sábados e domingos.
A aposta da Gol na rota leva em conta o potencial de que o Brasil funcione como um ponto de conexão entre a Venezuela e o Cone Sul. E também os milhões de venezuelanos que migraram para países da América do Sul, nos últimos anos, buscando melhorar sua situação econômica, são potenciais clientes dessa rota.
Nos últimos anos, a operação de companhias estrangeiras na Vezenuela encolheu. Empresas como Lufthansa, Alitalia e Air Canadá anunciaram a suspensão de voos com Caracas entre 2014 e 2016, período em que o governo venezuelano restringiu a compra e saída de dólares do país.
Essa medida impedia que empresas estrangeiras, não só do setor aéreo, mas de todos os demais segmentos, repatriassem seus lucros. Embora ainda hajam algumas restrições, a Venezuela passou por um processo de flexibilização no controle cambial, permitindo maior liberdade no envio de dólares para o exterior.
A nova rota reforça a expansão internacional da companhia, ampliando as conexões entre as principais cidades do continente. No ano passado, a Gol já havia ampliado sua malha internacional em Guarulhos com voos diretos para San José (Costa Rica) e Aruba (Caribe), além de ter aumentado sua oferta para destinos na Argentina, como Buenos Aires/Aeroparque e Córdoba. Com Caracas, a Gol passa a oferecer mais de dez destinos internacionais sem escalas a partir de Guarulhos.
Os voos para Caracas serão feitos com aeronaves Boeing 737 MAX, com capacidade para 176 passageiros na configuração internacional.