
Os dados mais recentes divulgados pelo painel de monitoramento da Mpox do Ministério da Saúde, mostram que nos primeiros meses do ano, o Brasil já registrou 373 casos de Mpox – antes conhecida como Varíola dos Macacos. Até abril, conforme a Secretaria de Estado da Saúde, Roraima já registrou quatro possíveis casos da doença. Dois já foram descartados, e outros dois seguem em investigação no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Ao todo, entre 2022 e maio de 2025, foram notificados 55 casos suspeitos no estado, sendo 43 descartados, 9 confirmados e 2 que seguem em investigação.
Uma nota técnica já foi emitida aos municípios, com orientações aos profissionais que atual na Atenção Básica. Assim, a rede pública de saúde está capacitada para trabalhar na prevenção e na identificação da doença. Profissionais da rede laboratorial também receberam capacitação, sobre os procedimentos adequados durante a coleta de material biológico.
Casos no Amazonas
Um Informe Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulgado no dia 23 de abril, mostram que até a data, 30 casos de Mpox já haviam sido confirmados em Manaus. O número já é superior ao registrado durante todo o ano de 2023, onde foram apenas 10. Em 2024, foram 83 registros positivos.
Mortes no Pará
Assim como o Amazonas, o Pará – que também faz fronteira com Roraima, já registrou casos confirmados de Mpox em 2025. Foram 19 casos confirmados até abril, além de duas mortes após complicações da doença.
Apesar dos casos, em coletiva realizada no dia 28 do último mês, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) afirmaram que o Pará não apresenta surto de Mpox.
Panorama Geral da Doença
Conforme o painel de monitoramento da Mpox do Ministério da Saúde (com última atualização no dia 16/04), em 2025 o Brasil já registrou 373 casos confirmados para Mpox, 39 casos prováveis e 258 casos suspeitos. Pelo menos 16 pessoas já morreram pela doença apenas este ano.
Dos casos, 92% foram confirmados em pacientes homens, e apenas 8% em mulheres. A faixa etária mais atingida foi entre 30 e 39 anos.
No último ano, em que foram registrados 2.095 casos da doença, o Sudeste aparece com a grande maioria dos casos, com 1.537 positivos. Em seguida vêm o Nordeste, com 167 casos confirmados, o Norte, com 153, o Centro-Oeste, com 133 casos e a região Sul, com 105.
Sobre a doença

De acordo com o Ministério da Saúde, a Mpox é uma doença zoonótica viral, que pode ser transmitida pelo contato com alguém infectado, com materiais contaminados pelo vírus ou ainda por animais silvestres (roedores) infectados.
Entre os principais sintomas estão erupções cutâneas ou lesões na pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza. O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus e o início dos sintomas pode variar entre três e dezesseis dias.
O diagnóstico é feito de forma laboratorial, por meio de análise de amostras coletadas, preferencialmente, da secreção das lesões. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados, podendo durar de duas a quatro semanas.