Foto: Comae/FAB

Caças da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptaram, na manhã desta sexta-feira (19), uma aeronave modelo Cessna 182P que ingressou de forma irregular no espaço aéreo brasileiro e sobrevoava a Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A operação contou com o emprego de aeronaves A-29 Super Tucano e de um avião de alerta aéreo antecipado E-99, sob coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), após a detecção do alvo por radares de vigilância.

De acordo com a FAB, o avião não possuía plano de voo e apresentava matrícula não identificada, o que levou à adoção dos procedimentos de interceptação previstos em decreto que regulamenta o combate a tráfegos aéreos ilícitos.

Durante a ação, os pilotos militares realizaram reconhecimento visual e tentativas de comunicação por rádio. Em seguida, o piloto da aeronave suspeita optou por realizar um pouso forçado em uma pista de terra, localizada cerca de 15 quilômetros ao sul do município de Amajari, a aproximadamente 60 quilômetros de Boa Vista.

Após o pouso, um helicóptero H-60 Black Hawk foi acionado para executar medidas de controle no solo. No local, a aeronave foi encontrada abandonada, com danos estruturais decorrentes da manobra. O piloto não foi localizado.

Este foi o segundo avião oriundo da Venezuela, com indícios de irregularidade, interceptado na mesma região em um intervalo de um mês. Em 19 de novembro, outra aeronave venezuelana, com matrícula adulterada, desobedeceu às ordens da FAB e a um tiro de advertência, pousou em uma pista clandestina dentro da Terra Indígena Yanomami e teve o piloto em fuga.

As ações de interceptação aérea seguem regras estabelecidas em decreto de 2004, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu primeiro mandato, voltado ao enfrentamento do tráfico de drogas e de ameaças à segurança nacional.

A norma prevê que, inicialmente, o piloto da aeronave suspeita seja orientado a pousar por meio de comunicação via rádio ou sinais visuais. Caso as ordens sejam ignoradas, é autorizado o disparo de aviso com munição traçante. Em situação extrema, a aeronave passa a ser considerada hostil, podendo sofrer disparos diretos.

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