O cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus. Foto: Diocese de Manaus.

O atual arcebispo de Manaus (AM), Dom Leonardo Ulrich Steiner, é um dos principais nomes cotados para suceder o Papa Francisco, que morreu às 1h35 desta segunda-feira, 21, horário do Amazonas. Nomeado o primeiro cardeal na Igreja Católica da Amazônia em 2022, Steiner integra uma lista que conta com ao menos 14 nomes, dentre os quais o que será escolhido novo líder em uma eleição que será realizada durante o ritual conhecido como Conclave, no Vaticano.

Nascido em Forquilhinha (SC), a 203 quilômetros de Florianópolis, o cardeal foi empossado pelo Papa Francisco em 27 de agosto de 2022, após ser nomeado em maio do mesmo ano. Após a escolha, na época, Steiner afirmou que a Amazônia não tinha ficado esquecida e destacou que o olhar para a região. “É uma alegria ter um cardeal na Amazônia, que não ficou esquecida pelo Papa”, disse o arcebispo à imprensa.

Além disso, ele também mencionou que olhar do Papa Francisco para as áreas pobres e a igreja na Amazônia. “O Papa está olhando para as periferias, para onde a igreja pode ser muito viva, onde pode ir construindo sua história, como a igreja da Amazônia tem construído sua história. Eu me alegro de poder participar agora mais intensamente da construção dessa igreja, que deseja ser cada vez mais missionária, presente e uma igreja cada vez mais viva”, acrescentou.

Steiner foi nomeado bispo por João Paulo 2, em 2005, e também foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois mandatos. Ele se tornou bispo auxiliar de Brasília por indicação de Bento 16. Como cardeal, desde 2022, ele passou a compor o Colégio Cardinalício, responsável pela eleição do Papa.

O cardeal da Amazônia fez a profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores, em agosto de 1976, ordenado sacerdote em 21 de janeiro de 1978. Estudou Filosofia e Teologia nos Franciscanos de Petrópolis. Steiner também é bacharel em Filosofia e Pedagogia na Faculdade Salesiana de Lorena e fez doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Outro brasileiro cotado

Além do arcebispo de Manaus, o arcebispo de Salvador, Cardeal Sérgio da Rocha, também é um dos brasileiros cotados para assumir como Pontífice. Nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, o cardeal foi nomeado para a função que ocupa atualmente em 2020. Mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (SP), ele trabalhou como professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Em 2021, o Papa Francisco nomeou Sergio da Rocha para integrar a Congregação para os Bispos. O colegiado é um dos principais organismos da Cúria Romana, que cuida da criação das dioceses, da nomeação de bispos, das visitas “ad Limina” e dos encontros de bispos novos. Ele passou a integrar o Conselho dos Cardeais em 2023.

Outros cotados

Além de Leonardo Ulrich Steiner, outros 13 cardeais são os principais cotado para assumir a liderança da Igreja Católica após a morte do Papa Francisco. A Itália conta três nomes, são eles: Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano desde 2013; Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha desde 2015; e Pierbattista Pizzaballa, líder da Igreja Católica no Oriente Médio.

Também integra a lista o arcebispo de Marselha, na França, Jean-Marc Aveline. Ele foi nomeado cardeal pelo Pontífice em 2022. Outro cotado é o húngaro Peter Erdo, atual o arcebispo de Esztergom-Budapeste, que mantém contato com líderes da comunidade judaica e é ativo na chamada nova evangelização.

Dentre os 14 nomes, também estão: o progressista José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação; Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos; Luis Antonio Tagle, cardeal-arcebispo de Manila, Robert Francis Prevost, bispo emérito de Chiclayo, no Peru; Wilton Gregory, arcebispo de Washington D.C.; Blase Cupich, arcebispo de Chicago.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here