Senador Hiran Gonçalves (PP-RR). Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador de Roraima Hiran Gonçalves (PP) apresentou ao Senado um requerimento solicitando a prorrogação da CPI das Bets por mais 45 dias. O pedido foi aprovado pelo plenário da Casa na última quarta-feira (30). De acordo com o parlamentar, “a CPI, apesar de já ter aprovado 400 requerimentos de convite, ainda não alcançou os devidos objetivos, sendo necessário o adiamento para o encerramento”. A CPI foi instalada em novembro de 2024.

A CPI do Senado investiga a crescente influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras, além da possível associação das bets com organizações criminosas para lavagem de dinheiro, assim como o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades.

Prisão em Flagrante

Durante uma reunião da CPI no Senado no dia 29 de abril, um empresário foi preso em flagrante acusado de falso testemunho. O empresário Daniel Pardim Tavares Lima recebeu voz de prisão da senadora e relatora da CPI Soraya Thronicke (Podemos-MS), após negar conhecer Adélia de Jesus Soares, sua sócia na empresa Peach Blossom River.

O senador Hiran, suspendeu os trabalhos por cinco minutos para discutir o pedido de prisão. Ao reabrir a sessão, o parlamentar atendeu o pedido da relatora.

Em entrevista à TV Senado após a reunião, a relatora Soraya Thronicke disse que a obrigação do empresário Daniel Lima, enquanto testemunha, era de falar a verdade naquilo que não o incriminasse. “Ele começou mentindo que não conhecia os seus sócios. Imagina, ninguém constitui uma sociedade que você não telefona, ou não conhece. O que nos parece é que ele é um chamado ‘laranja’. Ele mentiu mais de três ou quatro vezes e nós demos a chance, perguntamos várias vezes”, afirmou a parlamentar.

O advogado do empresário, Lucas Monteiro Faria, acusou a parlamentar de abuso de autoridade e negou que o empresário tenha mentido. “Eu gostaria somente que se justificasse qual foi a mentira que ele pregou aqui. Não houve nenhuma mentira”, reclamou.

A empresa Peach Blossom River Technology, que participa de outra companhia chamada Payflow, atua no setor de pagamentos digitais e presta serviços às apostas on-line, segundo a relatora. A Payflow é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal por indícios de lavagem de dinheiro e transferências ilegais.

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