O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), e o deputado Cláudio Cirurgião (União Brasil), presidente da Comissão de Saúde da Casa, inspecionaram nesta terça-feira (8) a Clínica Renal de Roraima, unidade responsável pelo atendimento de pacientes com doença renal crônica em tratamento de hemodiálise.
A fiscalização foi para verificar as condições do atendimento, após mediação da crise entre a empresa e o Governo do Estado, em fevereiro deste ano, quando os serviços foram suspensos por falta de pagamento.
À época, pacientes pediram apoio do Poder Legislativo na negociação para que pagamentos atrasados fossem feitos. Assim, o fluxo de atendimentos seria retomado, já que esses pacientes precisam da hemodiálise para sobreviver. O tratamento substitui a função dos rins na filtragem do sangue, quando eles param de funcionar corretamente. A suspensão desse procedimento pode levar à morte.
“Estamos aqui acompanhando de perto o funcionamento da clínica e verificando se o serviço foi restabelecido conforme cobramos do Executivo”, afirmou Sampaio, relembrando que muitos dos pacientes que hoje retomaram o tratamento estiveram recentemente na Assembleia Legislativa cobrando providências.
Já o deputado Cláudio Cirurgião destacou o papel da Comissão de Saúde no processo. “Há pouco mais de um mês recebemos diversas denúncias de paralisação dos serviços. Nós acionamos o Executivo para regularizar os pagamentos e, hoje, constatamos o retorno das atividades e o grau de satisfação dos pacientes. Isso mostra que a cobrança da Assembleia tem surtido efeito”, afirmou.
Durante a visita, os deputados conversaram com pacientes, que contaram sobre os desafios enfrentados pela falta de assistência adequada na saúde. Segundo os deputados, os pacientes estão satisfeitos com o atendimento prestado pela Clínica Renal, mas denunciam que quando precisam de procedimentos que dependem do Hospital Geral de Roraima, ainda enfrentam dificuldades.
“Um dos pacientes nos contou ter passado quatro anos aguardando um Tratamento Fora de Domicílio (TFD), o que agravou seu estado de saúde e agora precisa de hemodiálise. Da mesma forma quando precisou do HGR [Hospital Geral de Roraima] durante a suspensão do atendimento na clínica renal, não conseguiu vaga”, explica.
Outro ponto levantado pelo paciente é quanto à qualidade da hemodiálise que são obrigados a fazer no HGR, quando a clínica Renal suspende os procedimentos por falta de pagamento. Segundo os relatos, a água utilizada na unidade de saúde não é tratada como na clínica e isso acaba causando infecções.
Sampaio reforçou o compromisso do Poder Legislativo com a fiscalização da oferta de serviços na saúde pública e fez um apelo à população. “Se você tiver alguma sugestão ou quiser que a gente visite uma unidade de saúde, mande mensagem pelas nossas redes sociais. Faremos questão de ir pessoalmente para fiscalizar e cobrar soluções”, disse.
